Florianópolis é referência nacional quando se fala em compostagem, uma técnica eficiente e de baixo custo para reciclar resíduos orgânicos, como cascas de alimentos e sobras de comida. Do projeto Revolução dos Baldinhos à primeira Lei de Compostagem do Brasil, sancionada em abril deste ano, a capital catarinense tem experiências em diversos contextos: doméstico, escolar, empresarial e institucional. Algumas delas serão apresentadas e discutidas no Seminário Desafios e Oportunidades para a Compostagem em Florianópolis, que acontece nesta 5ª feira, 29 de agosto, às 14h, no Jardim Botânico de Florianópolis. O Seminário é parte da programação do 4º Curso de Gestão Comunitária de Resíduos Orgânicos e Agricultura Urbana, realizado pela ONG Cepagro ao longo desta semana.
Uma das experiências apresentadas no Seminário é a do Núcleo de Educação Infantil da Armação, onde o Cepagro assessorou a implantação de uma composteira e uma horta. Os resíduos da preparação das refeições são transformados em adubo, que vai para a horta, de onde saem temperos e verduras para a alimentação das crianças, fechando um ciclo virtuoso do alimento. A mesma lógica, só que em escala maior, marca a iniciativa empresarial Destino Certo, que também estará presente no Seminário. A Destino Certo recolhe e faz a compostagem dos resíduos orgânicos de restaurantes do Campeche. Com o adubo resultante do processo, são cultivadas verduras orgânicas que retornam para os restaurantes.
Também participarão do Seminário moradoras e moradores de empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida de Foz do Iguaçu (PR), Sorocaba (SP) e Taubaté (SP), onde o Cepagro fez a implantação de pátios de compostagem para atender às famílias dos residenciais. Essas atividades foram realizadas junto com a Revolução dos Baldinhos, com apoio da Fundação Banco do Brasil.
E, para falar sobre a inédita Lei da Compostagem, estará o vereador Marcos José de Abreu, o Marquito (PSOL), autor da proposta da Lei. Ele vai mediar a discussão sobre as possibilidades e desafios para expandir a reciclagem de resíduos orgânicos em Florianópolis que a nova legislação representa. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os resíduos orgânicos representam metade dos resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil e, segundo dados da Comcap/Prefeitura Municipal, Florianópolis gera uma média de 17,5 mil toneladas de resíduos sólidos por mês. Esse montante é enviado para o aterro sanitário em Biguaçu pelo valor aproximado de R$ 150,00 a tonelada, ou seja, mais de R$ 2 milhões por mês. Em Florianópolis, além de reduzir o impacto ambiental, o tratamento de todo o resíduo orgânico representaria uma economia de aproximadamente R$ 1 milhão de reais por mês.
Serviço
O que: Seminário Desafios e Oportunidades para a Compostagem em Florianópolis
Quando: 29 de agosto de 2019 (5ª feira), a partir das 14h
Onde: Jardim Botânico, rodovia Admar Gonzaga – 742, Itacorubi, Florianópolis – SC