Por Luís Eduardo Gomes.
O Restaurante Popular (RP) de Porto Alegre deixou de atender o público nesta quinta-feira (9) devido ao fim do contrato com a atual prestadora de serviços. Localizado na Rua Santo Antônio, no bairro Floresta, o restaurante funcionava desde fevereiro de 2016, quando foi reaberto, servindo entre 500 e 550 refeições diárias ao preço de R$ 1. Diretor de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) e responsável pelo Restaurante Popular, Dari Pereira confirma o fechamento e que um edital para contratar novos prestadores de serviço está sendo finalizado, mas que o serviço só deverá ser retomado em dois meses.
Pereira diz que um edital foi lançado em janeiro, mas deu deserto e que o próximo será mais adequado à realidade das organizações sociais que tem condições de prestar o serviço. Pereira explica que o objetivo da Prefeitura é modificar o modelo de operação do RP. Em vez de apenas um ponto no Centro, a ideia é também oferecer o serviço em outras quatro regiões da cidade: Lomba do Pinheiro, Eixo Baltazar, Cruzeiro e Extremo Sul. O restaurante do Centro deverá ser mantido, mas em local definido pela organização social que vencer a licitação, servindo 350 refeições diárias, enquanto serão servidas 50 refeições em cada unidade dos bairros. O restaurante também passará a ser gratuito, mas sendo destinado apenas para a população em situação de vulnerabilidade social cadastradas nos serviços de assistência social da Capital.
Pereira destaca que percebeu-se que muitos usuários do restaurante eram moradores de outras cidades da Região Metropolitana que deixaram de contar com o serviço. Ele explica que a ideia da Prefeitura é então firmar uma parceria com o governo do Estado para que essas pessoas também sejam atendidas em outros locais.
O diretor da SMDSE diz que, atualmente, o restaurante é frequentado por pessoas em situação de rua e por idosos e trabalhadores de baixa renda. Ele diz que a Prefeitura já vem conversando com usuários do RP há cerca de um mês e que fez um cadastramento para que cerca de 150 usuários, considerados em maior situação de vulnerabilidade, continuem a receber o serviço. Segundo ele, a partir de segunda-feira a Prefeitura irá servir, em parceria com uma ONG, almoço para estas pessoas de forma emergencial em albergues municipais e no Centro POP.
Pereira diz que, após o lançamento do edital, haverá um prazo de 30 dias para o anúncio do vencedor e que a expectativa é que a vencedora, ou as vencedoras — as unidades serão licitadas individualmente –, levem de uma a duas semanas para iniciar a prestação de serviços. O que deve resultar na reabertura do serviço no mês de julho. “Enquanto isso, a população de maior vulnerabilidade vai estar sendo atendida emergencialmente”, diz.