De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ainda ganham, em média, 20,5% menos que os homens no país.
Mesmo com uma leve queda na desigualdade salarial entre 2012 e 2019, a disparidade entre os rendimentos médios mensais de homens (R$ 2.579) e mulheres (R$ 2.050) ainda é de R$ 529. Os dados são relativos ao quarto trimestre de 2018 e consideram apenas pessoas entre 25 e 49 anos.
Segundo o Instituto, dois fatores ajudam a explicar a diferença no rendimento médio entre os sexos. As mulheres trabalham menos horas (37h54min) do que os homens (42h42min) e recebem valores menores (R$ 13) que seus pares masculinos (R$ 14,20) por hora trabalhada.
Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, explica que essa jornada não reflete o que a mulher trabalha em todo o seu dia. “A menor jornada da mulher no mercado de trabalho está associada às horas dedicadas a outras atividades, como os afazeres domésticos e os cuidados com pessoas”.
De modo geral, essas questões culturais e estruturais também afetam a participação das mulheres no mercado de trabalho. De um total de 93 milhões de ocupados, apenas 43,8% (40,8 milhões) são mulheres, enquanto 56,2% (52,1 milhões) são homens.