A deputada estadual por Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo (PSL), 28 anos, não se cansa das polêmicas que ela mesma produz, em função de suas ideias profundamente retrógradas e conservadoras.
Antes do segundo turno da eleição presidencial, ela fez um chamado público para que alunos gravassem e denunciassem posicionamentos de seus professores, em uma clara demonstração de censura.
O Ministério Púbico de Santa Catarina (MP-SC) solicitou que ela retirasse o pedido feito a alunos de suas páginas nas redes sociais. Não satisfeita, Ana recorreu e obteve liminar autorizando a divulgação do chamado. No entanto, em seguida, Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou a decisão.
Em entrevista a Vinicius Konchinski, do UOL, ela defendeu o combate ao feminismo pelo bem da humanidade e disse que Jair Bolsonaro não tem responsabilidade pelas crises que seu governo já deflagrou.
Em relação à proposta de gravar professores, ela disse: “Existem ideias. Tramitou aqui na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) um projeto baseado no Escola Sem Partido. Ele está arquivado, mas provavelmente será desarquivado. Há também a sugestão da desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta, que fala que não haveria problema em instalar de câmeras em sala de aula”.
E cita exemplos para corroborar a ideia: “Existe uma escola pública do município de Itajaí (SC), que tem câmeras instaladas em todas as salas de aula e corredores. Eu lecionei lá por seis meses. Aliás, não só existem escolas monitoradas como crescem o número de videoaulas”.
“Família natural”
Questionada sobre seis projetos como deputada estadual, Ana declarou: “Não gosto de falar de propostas. Gosto de falar de compromissos. Primeiro, com a família natural, aquela que naturalmente é capaz de procriar. Segundo, com a comunidade evangélica e católica. Nisso, perpassam questões sobre contracepção e aborto. Compromisso também com os valores da liberdade econômica. Sou contra o aborto em todos os sentidos. E sou contra qualquer método contraceptivo disfarçado, que esconde um método abortivo”.
Feminismo
Em outro trecho abordou o feminismo: “O problema é que o feminismo se tornou tão hegemônico na mídia e universidades que você não pode não ser. Você é obrigado a ser. Só porque eu sou mulher eu sou obrigada a ser feminista? Eu me voltei contra o movimento feminista quando descobri que essas bandeiras de reconhecimento de direitos são falsas. São uma maquiagem de algo muito mais obscuro que recebe o nome de revolução sexual, que é a transformação dos comportamentos, da relação e da diferenciação entre homem e mulher”.
E vai mais além: “A nossa civilização ocidental foi construída sobre três pilares: direito romano, filosofia grega e moral judaico-cristã. O feminismo é uma afronta clara a um desses pilares: a moral judaico-cristã. Quando eu destruo um dos fundamentos da civilização ocidental, eu estou destruindo essa civilização. O feminismo é uma ameaça à ordem ocidental”.
Estupro
A deputada ainda relativizou a questão do estupro. “O movimento feminista diz que tudo é estupro. Um assovio é um estupro, uma passada de mão é estupro. Tudo é um absurdo, tudo é machismo. Se muitas mulheres começarem a fazer falsas acusações de estupro, quando a Mariazinha for verdadeiramente estuprada, ela não vai receber auxílio. Na minha opinião, o movimento feminista não ajuda como diz ajudar, e prejudica ao criar um pânico sobre casos que inexistem”.
Bolsonaro
Ana terminou a entrevista elogiando Jair Bolsonaro: “Flávio e Jair Bolsonaro não são a mesma pessoa. Jair continua sendo um símbolo de honestidade e caráter”.
A candidata do desserviço… a proposta dela é destruir uma caminhada de desigualdade e submissão feminina que ainda tem muito a ser trilhada, mas é justamente sendo a pessoa amarga do contra a tudo e todos que ganhou popularidade, nenhum projeto, nenhuma ideia, nenhuma proposta, nenhuma trajetória… a humanidade em marcha ré com gente oportunista desta estirpe. Que preguiça desta gente que tá aí, ganhando ibope, mas não dá pra fazer de conta que não tá aí! Ela chegou ao poder pela psicopatia em destruir e perseguir feministas e educadores, sendo mulher e se dizendo professora! Eis a figura da bizarrice que este (des)governo produz e atrai consigo no pacote