Por Débora Mabaires, para Desacato.info.
Tradução: Raul Fitipaldi, para Desacato.info.
(Port./Esp.)
O governo de Maurício Macri publicou no Boletim Oficial a resolução que legaliza e impõe na Argentina a condena a morte sem julgamento prévio para qualquer argentino.
Os encarregados das execuções serão os agentes de segurança de qualquer força.
O critério com o qual se aplicará dependerá de cada agente do Estado que porte uma arma, dos seus preconceitos, das circunstâncias e, naturalmente, do seu estado de saúde mental.
Ainda com essas provas contundentes, os dirigentes políticos argentinos continuam negando-se a chamar de dictocracia esse governo que, tendo chegado ao poder pelo voto dos cidadãos, usa ele de maneira autocrática e de fato instala o terrorismo de Estado.
A ministra de Segurança Pública Patricia Bullrich parece ter copiado o código que rege nas forças israelenses de ocupação na Palestina.
Faz declarações na imprensa buscando aprovação de parte da sociedade, que vê na crescente insegurança um motivo de preocupação. “Agora vão poder atirar, sendo que antes não podiam fazê-lo salvo que um delinquente disparasse”.
O que a Ministra não diz publicamente é o que está redigido em letra pequena, nos artigos do decreto.
Por exemplo, no artigo 5: “Quando integrar um grupo de duas ou mais pessoas e outro membro do grupo possua uma arma ou tenha efetuado disparos, ou tenha lesionado a terceiras pessoas.” Ou seja, se numa briga de rua pela batida de um veículo, duas pessoas estão se agredindo fisicamente, o policial poderia disparar na mulher de um deles que tentasse afastar os brigões porque estava com alguém que agredia um terceiro e o estava lesionando.
Outro inciso determina que os agentes estatais de segurança poderão usar as armas contra uma pessoa “quando tiver a capacidade certa ou altamente provável de produzir, ainda sem o uso de armas, a morte ou lesões graves a qualquer pessoa.” Segundo este parágrafo, qualquer um dos agentes que Macri colocou para custodiar as empresas de energia poderia disparar contra um cliente exaltado que gritar exigindo explicações por uma fatura errada, por considerar essa pessoa uma ameaça para o empregado da companhia dos amigos do presidente.
A amplidão do critério para disparar que outorga este decreto ilegal é tão grande, que hoje, na Argentina qualquer um pode ser fuzilado sem julgamento prévio. Regredimos 40 anos em um dia.
Além do mais, o governo lançou uma campanha com seus trolls das redes sociais para tentar conseguir o consenso na população para que dê o aval a esta violação do Código Penal.
Hoje, o governo de Maurício Macri pode fazer fuzilar um manifestante que reivindique o aumento de salários, e também a qualquer um esteja perto desse manifestante.
A oposição calou-se.
Não se conhece ainda, passadas 30 horas da publicação do decreto, nenhuma reação orgânica. Só algumas palavras soltas de algum dirigente consultado em alguma entrevista.
Maurício Macri segue avançando, enquanto a oposição regride, deixa fazer e segue debatendo sobre armações eleitorais para o próximo ano, desfigurando-se ainda mais.
Com uma agressiva campanha pré-eleitoral, Maurício Macri volta a largar na frente, gerando um novo problema na vida das pessoas, enquanto as corporações midiáticas o blindam e agridem a oposição por não ter solucionado o problema da insegurança. Desta maneira afastam o olhar do terrível problema econômico, a falta de emprego, as empresas falidas e focam o holofote na “mão dura” que vem nos “resgatar” de um problema que não tínhamos.
O fascismo que antes se apresentava de forma tímida, desde ontem é lei.
Triste o destino do povo argentino que não sabe se estará vivo na hora de votar, enquanto vê como a história se repete.
Macri dispara
Por Débora Mabaires, para Desacato.info.
El gobierno de Mauricio Macri publicó en el Boletín Oficial la resolución que legaliza e impone en Argentina la sentencia de muerte sin juicio previo para cualquier argentino.
Los encargados de ejecutarlas serán los agentes de seguridad de cualquier fuerza.
El criterio con el que se aplicará, dependerá de cada agente estatal que porte un arma, de sus prejuicios, de las circunstancias y, por supuesto, de su estado mental.
Aún con estas contundentes pruebas, la dirigencia política argentina sigue negándose a llamar dictocracia a este gobierno que, habiendo llegado por los votos de los ciudadanos, usa el poder de manera autocrática y de facto instala el terrorismo de estado.
La ministra de Seguridad Patricia Bullrich parece haber copiado el código que rige a las fuerzas de ocupación israelí en Palestina.
Ella hace declaraciones a la prensa, buscando la aprobación de parte de la sociedad que ve en la creciente inseguridad un motivo de preocupación. “Ahora podrán tirar cuando antes no lo podían hacer sino cuando el delincuente disparaba”.
Lo que no dice públicamente la ministra es lo que está redactado en la letra chica, en el articulado, de ese decreto.
Por ejemplo, en su artículo 5: “Cuando integrase un grupo de dos o más personas y otro miembro del grupo posea un arma o haya efectuado disparos, o haya lesionado a terceras personas.” Es decir, si en una pelea callejera por un choque de vehículos, dos personas se están agrediendo físicamente, el policía podría dispararle a la mujer de uno de ellos que intenta separarlos porque estaba con alguien que agredía a otro y lo estaba lesionando.
Otro inciso dictamina que los agentes estatales de seguridad podrán usar las armas contra una persona “cuando tenga la capacidad cierta o altamente probable de producir, aún sin el uso de armas, la muerte o lesiones graves a cualquier persona.” Según este párrafo, cualquiera de los gendarmes que Macri puso a custodiar a las empresas distribuidoras de energía, podría dispararle a un cliente exaltado que va a gritar exigiendo explicaciones por una facturación mal realizada, por considerarlo una amenaza para un empleado de la compañía de los amigos del presidente.
La amplitud de criterio para disparar que otorga este decreto ilegal es tan grande, que hoy, en Argentina, cualquiera puede ser fusilado sin juicio previo. Retrocedimos 40 años en un día.
El gobierno además, lanzó una campaña con sus trolls de las redes sociales para tratar de lograr el consenso en la población, que avale esta violación del Código Penal.
Hoy el gobierno de Mauricio Macri puede hacer fusilar a un manifestante que reclame aumento de salarios, y también a cualquiera que esté cerca de ese manifestante.
La oposición, enmudeció.
No se conoce aún, 30 horas después de publicado el decreto, ninguna reacción orgánica. Sólo algunas palabras sueltas de algún dirigente consultado en alguna entrevista.
Mauricio Macri sigue avanzando, mientras la oposición retrocede, deja hacer, y sigue debatiendo sobre armados electorales para el próximo año, desdibujándose aún más.
Con una agresiva campaña pre electoral, Mauricio Macri vuelve a tomar la iniciativa, generando un nuevo problema en la vida de las personas, mientras los medios de difusión, lo amparan y fustigan a la oposición por no haber solucionado el problema de la inseguridad. De esta manera, alejan la mirada del terrible problema económico, la falta de empleo, las empresas fundidas, y ponen el foco en la “mano dura” que viene a “rescatarnos” de un problema que no teníamos.
El fascismo que antes se mostraba tímidamente, desde ayer, es ley.
Triste destino del pueblo argentino que no sabe si estará vivo a la hora de votar, mientras ve repetirse la historia.
I N I M A G I N Á V E L !!!
Bastante deficiente a traducão para o portuguës, Débora. A palavra brigões, não existe…
Sinônimo de brigão
15 sinônimos de brigão para 1 sentido da palavra brigão:
Pessoa que facilmente se envolve em brigas:
1 briguento, bagunceiro, arruaceiro, baderneiro, badernista, brigador, brigalhão, brigoso, conflituoso, desordeiro, pimenta, provocador, rixador, rixento, valentão. sinonimos.com.br