São Paulo – Em entrevista à repórter Ciça Soriano para a edição de sábado (18) do Seu Jornal, da TVT, familiares da modelo e dançarina negra Bárbara Querino denunciaram a prisão da jovem que, mesmo após ter provado a inocência, foi condenada a cinco anos e quatro meses de prisão pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, no último dia 10, por assalto à mão armada.
As cartas de apoio que passaram a chegar com regularidade não têm consolado a mãe, Fernanda Querino, que aponta o racismo como motivador da condenação de Bárbara. Segundo Fernanda, além da Justiça não ter levado em conta as provas e testemunhos que garantem que a modelo não estava na capital paulista quando o crime foi cometido, em 10 de setembro de 2017, o processo de reconhecimento também é duvidoso e que apenas sua filha foi apresentada para o reconhecimento da vítima.
“Falou (o juiz) que uma testemunha reconheceu ela pelo cabelo”, explica a mãe. “Quando você vai fazer o reconhecimento tem que ter três a quatro meninas, como é a que a testemunha vai reconhecer, se só tinha Bárbara ali?”, questiona Fernanda. Assim como advogados consultados pela RBA, a advogada e ativista da Uneafro Beatriz Lourenço também aponta uma série de irregularidades e afirma que as provas apresentadas pela defesa de Bárbara foram desconsideradas pela Justiça.
“No Brasil você ainda tem uma coisa muito grave que é condenação baseada apenas em depoimento policial. Isso deveria ser um pouco ignorado”, defende.
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