Por Rute Pina.
A Marcha Nacional Lula Livre está a cada dia mais próxima da capital federal. Nesta segunda-feira (13), quarto dia da caminhada, as três colunas que compõem a marcha saíram por volta das 6h30 com destino à Brasília.
Cada coluna deverá percorrer cerca de 15 km no dia de hoje, um percurso que deve durar até seis horas.
Com a maior proximidade do perímetro urbano, a expectativa, segundo o integrante da direção nacional do MST, Marco Barato, é que os militantes tenham ainda mais interação com a população.
“O dia de hoje é muito importante porque a gente entra em um processo de diálogo mais intenso com a sociedade — vamos pegar uma parte da cidade mais populosa, uma parte mais densa da marcha”, diz o dirigente.
À tarde, serão realizados debates de formação sobre a reforma agrária popular.
Barato afirma que o dia de hoje também será de preparação para outro momento importante da Marcha Lula Livre: o encontro das três colunas nesta terça-feira (14).
Ao todo são cerca de 5 mil camponeses divididos em três colunas. A coluna Tereza de Benguela reúne os militantes dos estados da região Centro-Oeste. Já na Coluna Prestes está a delegação que traz os estados do Sul e Sudeste do país. Os estados do Nordeste estão organizados na Coluna Ligas Camponesas.
Até o momento, cada coluna já percorreu mais de 30 km. Ao todo, serão cerca de 50 Km de caminhada até Brasília. Os marchantes chegam na capital federal na próxima quarta-feira (14), e participarão do ato de homologação da candidatura do ex-presidente Lula no dia 15 de agosto, último dia para que os pré-candidatos registrem seus nomes para concorrem ao pleito eleitoral de outubro.
Presente neste quarto dia de marcha, o ganhador do Prêmio Nobel da Paz e ativista pelos Direitos Humanos, Adolfo Pérez Esquivel, afirma que está presente na mobilização em solidariedade ao povo do Brasil e pela liberdade de Lula. “Temos que ter em conta que esta política, que tentam retirá-lo das eleições, está sendo replicada em todo o continente latino-americano, como em Honduras e Paraguai, por exemplo. A extrema-direita está avançando na dominação dos povos. Por isso gritamos “Lula Livre”, e que o povo brasileiro decida quem tem que governá-lo”.
Está previsto uma série de atos em diversas partes do mundo para esta segunda-feira pedindo a liberdade de Lula e reafirmando o seu direito de ser candidato a presidência da República.
Edição: Luiz Felipe Albuquerque