Luana, irmã de Tatiane Spitzner, criou páginas no Facebook e no Instagram para incentivar as mulheres na luta contra relacionamentos abusivos e a violência.
“Toda essa exposição em redes sociais não é em vão. Dói? Dói. Mas além de lutar por justiça, mostrar nossa força e indignação, queremos alertar sobre relacionamentos abusivos, como também ajudar mulheres que sofrem violência, seja física ou psicológica. Precisamos ter voz, denunciar, perder a vergonha e o medo. Diariamente recebemos relatos absurdos de mulheres que vivem essa triste realidade. Felizmente, muitas estão abrindo os olhos e procurando ajuda”, diz.
Tatiane foi agredida pelo marido e morta após cair do quarto andar do prédio onde morava em Guarapuava (PR). Imagens das câmeras de segurança mostram a agressão. Ela tentou fugir e pedir socorro. Segundo os investigadores, as imagens são decisivas para confirmar que Tatiane foi vítima de feminicídio. O marido, Luís Felipe Manvailer, foi preso.
Segundo Luana, Tatiane disse a ela que iria pedir o divórcio na noite do crime. “Eu percebi que estava um em um canto, outro no outro. Deu pra ver que eles não estavam bem. Ela estava aproveitando a festa com os amigos dela e ele estava no canto dele. Aí uma hora ela sentou no sofá comigo e falou: ‘Lu, agora eu vou divorciar, eu quero divorciar’. E eu falei: ‘claro Tati, faça o que você achar melhor’”, disse à Record TV.
Com uma taxa de 4,8 assassinatos em 100 mil mulheres, o Brasil está entre os países com maior índice de homicídios femininos: ocupa a quinta posição em um ranking de 83 nações, segundo dados do Mapa da Violência 2015 (Cebela/Flacso).
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