Com entrada franca, o espetáculo conta com a participação dos Primeiros Bailarinos do Salzburg Ballet (Áustria)
Por Linete Martins e Luíza Coan
Foto: Henrique Pontual
Giselle, uma super produção da Pró-Música Florianópolis com integrantes da Companhia Brasileira de Ballet, da Cia BEMO (Teatro Municipal do Rio de Janeiro) e o casal de Primeiros Bailarinos do Salzburg Ballet (Áustria), estará no palco do Teatro Pedro Ivo, nos dias 10 e 11 de julho, às 20h30. O papel-título será interpretado pela bailarina Márcia Jaqueline, juntamente com o bailarino Flávio Salamanka (personagem Duque Albrecht).
As apresentações, com direção geral de Neyde Coelho (presidente da Pró-música Florianópolis), produção de Joice Dela Rocca e direção artística local de Álvaro Guimarães, abrem a temporada de espetáculos da instituição neste segundo semestre de 2018. A Pró-Música Florianópolis é uma das mais tradicionais e renomadas entidades culturais de Santa Catarina. Criada em 1973, foi pioneira na produção de espetáculos de música erudita na Capital do estado.
Com entrada franca, o espetáculo tem o patrocínio do Ministério da Cultura, Engie, Fundação Catarinense de Cultura, Governo do Estado de Santa Catarina, Oncologia Clínica e apoio do Hotel Maria do Mar. Os ingressos (dois por pessoa) podem ser retirados nos teatros Pedro Ivo, Ademir Rosa e Álvaro de Carvalho, das 14h às 19h.
Sobre Giselle
Criado em 1840, Giselle é um dos mais influentes de todos os balés românticos e também uma das maiores e mais populares obras de balé de repertório. A história fala sobre o poder do amor da mulher face à traição, sendo Giselle é um dos papeis mais tecnicamente exigentes e emocionalmente desafiadores da dança clássica. O balé possui dois atos, com um total de duas horas e meia de duração, o que acentua os contrastes à medida que a história evolui entre o mundo humano e o sobrenatural.
Giselle é empolgante! No primeiro ato, a aldeã está apaixonada por Albrecht, um nobre disfarçado de camponês. Quando Giselle descobre a fraude, fica inconsolável e morre. No segundo ato, o amor eterno de Giselle por Albrecht, que vem à noite visitar seu túmulo, o salva de ter seu espírito vital tomado peloswillis espectrais, os fantasmas de garotas noivas que morreram antes do dia do seu casamento. Sempre que um homem se aproxima, elas obrigam-no a dançar até a morte. Giselle dança no lugar de Albrecht e, dessa forma, impede que ele chegue à exaustão, quebrando o encanto das willis. No final, ela o perdoa.
Márcia Jaqueline-Giselle
O que diz a crítica: “Marcia Jaqueline exibe uma combinação de graça e doçura, vivacidade e elegância com nuances que remetem ao estilo francês… podemos admirar a postura dos braços, o trabalho das pernas, que criam um conjunto de qualidades necessárias para que a técnica se transforme em estilo”. Roland Clauzet – Danse Magazine Paris.
Primeira Bailarina do Salzburg Ballet-Áustria hoje, Marcia Jaqueline, muito jovem, foi contratada como Primeira Bailarina do Theatro Municipal do RJ, onde dançou os papeis principais como Odette e Odile (O Lago dos Cisnes), Fada Açucarada e Rainha das Neves (O Quebra Nozes), Ninfa (Floresta Amazônica), Kitri (Don Quixote), Tatiana e Olga (Onegin), Julieta (Romeu e Julieta/John Cranko), Swanilda(Coppélia), Aurora(A Bela Adormecida), Giselle(Giselle), Lise (La Fille Mal Gardée), Gamzatti e Nikiyia (La Bayadère). Em seu repertório estão incluídos trabalhos dos coreógrafos Geoge Balanchine, Roland Petit, Michael Fokinè e Uwe Scholz. Ao longo da carreira, teve a honra de trabalhar com Marcia Haydée, Richard Cragun, Jean-Yves Lormeau,Natalia Makarova, Peter Wright, Vladimir Vassiliev, Elisabeth Platel, Marcelo Gomes, Eugenia Feodorova, Tatiana Leskova, Bertha Rosanova, Dalal Achcar, GlenTetley, Luigi Bonino e Desmond Kelly. Apresentou-se com companhias do Brasil como Cisne Negro, Deborah Colker, Cia Brasileira de Ballet entre outras. Em sua carreira internacional participou da 3º Gala Internacional de Dança do Teatro Solis no Uruguay, Gala Latino Americana de Ballet no Paraguay, Aniversário de 75 anos do Ballet Nacional do Sodre, Gala do Festival Internacional de Miami, III Gala Internacional do Teatro Colón e Gala Internacional das Estrelas em Creta na Grécia. Em 2015, convidada por Marcia Haydée, estrelou em La Bayadère com o Ballet Municipal de Santiago, Chile.
Flávio Salamanka – Príncipe Albrecht
Primeiro Bailarino do Salzburg Ballet da Áustria, Flavio Salamanka nasceu em Brasília onde formou-se no Núcleo de Dança de Brasília e na Academia de Ballet Karla Ferreira em Vitória. Reconhecido como um grande talento da dança, foi agraciado em 2002, com a Medalha de Ouro no Seminário Internacional de Dança de Brasília e, como parte deste prêmio, a “Birgit Keil Foundation” concedeu-lhe uma bolsa integral para continuar sua formação na Akademie des Tanzes Mannheim, Alemanha. Em 2003 tornou-se membro do State Ballet KARLSRUHE, nomeado Primeiro Bailarino em 2006. Apresentou-se nos mais importantes teatros da Europa e em outros países como China, Coreia, Japão e Brasil. Seu repertório inclui papeis principais como Basílio em Don Quixote, Albrecht em Giselle, Franz em Coppélia, Colas em La Fille mal Gardée, Romeo em Romeu e Julieta, Solor em La Bayadère, Lysander em Sonhos de Uma Noite de Verão, Siegfried em Swan Lake e o boneco Quebra-Nozes em O Quebra-Nozes. Recebeu prêmios e condecorações por sua contribuição no cenário cultural alemão: Deutsche Tanzpreis “Zukunft” (Prêmio Alemão de Dança) em 2005 e Prêmio “Arte e Teatro” em 2011. Em fevereiro de 2013, recebeu o título de “Kammertänzer”, concedido pelo governo às maiores personalidades das artes na Alemanha. São detentores desse título consagradas estrelas da dança mundial, como Vladmir Malakov e Márcia Haydée.
CIA BRASILEIRA DE BALLET
A Companhia Brasileira de Ballet, sob a direção de Jorge Texeira desde 1991, destaca-se no cenário das grandes companhias do país. Durante esse período, contabilizou seis grandes produções de ballet clássico de repertório e outras montagens compostas por trechos de ballet de repertório, ballets clássicos, neo clássicos e contemporâneos. Apresentou-se em mais de 30 cidades brasileiras e também em palcos internacionais, como Argentina, México, Estados Unidos, Suíça, China e Mônaco. No ano de 2012, representou o Brasil no “Karmiel Dance Festival” em Israel e em sete cidades daquele país, e ainda na Colômbia, onde apresentou sua versão completa do ballet “O Quebra Nozes”, para um público de mais de 10 mil pessoas. O sucesso da Cia é atribuído à sua longa trajetória, à inquestionável qualidade, brilhantismo e técnica dos seus bailarinos e ao privilégio de dançarem ao lado de referências como Ana Botafogo, Áurea Hammerly, Cecíla Kerche, Cláudia Motta e Marcelo Misailidis do Theatro Municipal do RJ, Marianela Nuñez, Roberta Marques e Thiago Soares, do Royal Ballet, Renata Pavan e Herman Cornejo, do Américan Ballet Theatre, Vitor Luís e Lorena Feijo, do San Francisco Ballet, Juan Pablo Ledo, do Teatro Colón, Aidos Zakan, do Ballet Teatro Michailov, e Rolando Sarabia numa co-produção do Ballet Don Quixote junto ao The Cuban Classical Ballet of Miami. A grandeza artística, a seriedade e o profissionalismo da companhia garantiu também inúmeros prêmios nacionais e internacionais.
Diretor Artístico – Jorge Teixeira
Em 2003, recebeu da Câmara Municipal do Rio de Janeiro a “Moção de Congratulações”, cedida pelo Vereador e ator Cláudio Cavalcanti – por seu talento e competência, para a melhoria do ensino da dança em nosso país.Em 2006, recebeu o prêmio de “Melhor Espetáculo” e a “Menção Honrosa” da cidade de Cabo Frio. Recebeu do XIII Certamen Internacional de Danzas, “Danzamérica 2007” , o “Prêmio Dedicación”, como melhor maestro preparador em Córdoba, Argentina. Em 2007, fundou o Conservatório Brasileiro de Dança e a ONG Ciranda Carioca (hoje projeto “Aprendizes da CBB”), com a qual recebeu o “Prêmio Cultura Nota 10”, reconhecimento a projetos culturais inovadores no Rio de Janeiro. Em 2007 lhe é concedida a “Moção Aplauso”, pela Prefeitura da Cidade do Carmo. Em 2008 e 2009, recebeu o prêmio de “Melhor Grupo” do Festival de Dança de Joinville e pelo V Fest Dance, o “Prêmio de Melhor Maître”. Foi professor de companhias como: Studio de Ballet Tatiana Leskova, Cia. de Ballet da Cidade de Niterói, Deborah Colker, Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Ballet Nacional Del Sodre (Uruguai). Junto com seus alunos, representou nosso país nos festivais como: Youth América Grand Prix e International Ballet Competition, ambos em New York; Prix de Lausanne– Suiça; Beijing International Ballet Invitational, na China, Danzamerica, Córdoba – Argentina e Mônaco Dance Fórum. Em 2007, assinou como coreógrafo da Comissão de Frente das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio como a Portela, Grande Rio, e atualmente para a Mocidade Independente de Padre Miguel. Em 2011, recebeu o Prêmio Plumas e Paetês, pela Melhor Comissão de Frente do Grupo B do Carnaval Carioca. Jorge Texeira é Diretor Artístico da Cia. Brasileira de Ballet, desde a sua reestreia em 2001. Neste ano de 2018, torna-se professor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa e dirige, juntamente com Helio Bejani, a Cia. de Ballet da Escola Maria Olenewa do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
SERVIÇO
Balé Giselle
Data: 10 e 11 de julho
Horário: 20h30
Local: Teatro Pedro Ivo Rodovia SC 401, Km 15, n° 4600, Saco Grande – Saco Grande, Florianópolis – Telefone: (48) 3665-1630
Ingressos: Entrada Franca
Informações da produção: (48) 99971 13 98 e 99176 3498
Evento no facebook:
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