Página/12*.- O fato é que Correa devia ter se apresentado diante da Justiça de seu país e o fez no Consulado do Equador em Bruxelas, mas a juíza do caso, Daniela Camacho, aceitou a petição do Promotor Geral, Paúl Pérez, e ordenou a detenção preventiva e pediu à Interpol o alerta vermelho e a extradição do ex-mandatário por não cumprir a ordem de comparecimento.
O advogado de Correa, Caupolicán Ochoa, que tinha pedido que ele pudesse se apresentar em Bruxelas, lamentou a decisão da juíza e assegurou que não existia uma “petição estrita do promotor” do Estado com respeito à prisão preventiva, porque o promotor Pérez ainda não assumiu suas funções oficialmente.
“Temos visto um cenário em que se violaram todas as garantias de caráter institucional”, insistiu Ochoa ao afirmar que vão apelar da decisão de Camacho.
Já o ex- presidente assegurou que não existem provas contra ele e denuncia que é objeto de uma perseguição política e midiática. O ex-deputado opositor Fernando Balda o acusa de ter ordenado seu sequestro durante sua estadia em Bogotá, em 2012.
De acordo com a denúncia, cinco pessoas colocaram Balda à força a um automóvel. A polícia colombiana interceptou o veículo e frustrou o sequestro.
Pelo caso já estão detidos três agentes de Inteligência e um ex-comandante da polícia, enquanto está pendente outra ordem de detenção contra o ex-chefe da Secretaria Nacional de Inteligência, que está em Espanha e cuja extradição foi pedida pelo Equador.
Na segunda-feira (2), Correa decidiu se apresentar no consulado equatoriano em Bruxelas, onde vive desde que deixou o poder, em maio de 2017, depois de uma década de governo. O ex-mandatário considera que sua conduta está amparada por convenções internacionais e pelas próprias leis equatorianas, que protegem os direitos dos equatorianos residentes no exterior.
Nas redes sociais, o ex-mandatário postou uma carta na qual prova o comparecimento à embaixada do Equador em Bruxelas:
Tradução: Diálogos Do Sul