A vitória é do Tribunal, mas a perda é da sociedade

     

    Foto: Reprodução

    O Tribunal de Justiça pressionou, a Assembleia Legislativa enfim cedeu na última terça-feira (26/06), e 462 novos cargos comissionados sem concurso público serão criadosno judiciário. A vitória no plenário da Alesc foi do Tribunal, mas a perda é de toda a sociedade. O projeto seguiu para sanção do governador, Eduardo Pinho Moreira. Os trabalhadores lutaram, mas a maioria dos deputados não estão comprometidos com o concurso público e com o ingresso pela porta da frente.

    Dos 29 deputados presentes em Plenário, apenas 4Luciane Carminatti (PT), Dirceu Dresch (PT), Cesar Valduga (PCdoB) e Rodrigo Minotto (PDT) votaram contra a criação das 462 vagas sem concurso público. Clique AQUI e veja a ata de votação e, ao final da matéria, os nomes completos e como cada um votou.

    Os únicos que falaram em defesa do concurso público foram Dirceu Dresch e Luciane Carminatti, escute abaixo as defesas.

    “A Constituição Federal determina que a porta de entrada para o serviço público é o concurso. O TJ tem que dar exemplo”, declarou a deputada.

    “Se faltam pessoas, então que se faça concurso público, com transparência e conforme as exigências do Estado democrático. A Constituição é clara e qualquer ação contrária favorece o fisiologismo, o nepotismo, o apadrinhamento político no Judiciário, por isso meu voto foi contra”, completou Dirceu Dresch!

    Uma emenda sugerida por estes dois deputados a favor dos Segundos Assessores, que transformava os 462 cargos de assessores jurídicos de livre nomeação em assessores de gabinete exclusiva para concursados, chegou a ser debatida em Plenário, mas foi rejeitada pela maioria.

    Alguns deputados foram além da rejeição. Discursaram pela aprovação de 462 cargos sem concurso no Tribunal de Justiça, mas contraditoriamente defenderam o Estado mínimo e declararam que não deveriam existir muitos concursados, pois inchariam a máquina com aposentadorias. Para arrematar, os que votaram a favor do projeto, defenderam que o juiz precisa de pessoa de confiança e conhecimento técnico para a função de assessor, e que isso somente seria possível por indicação direta e não por concurso público. Os mesmos deputados favoráveis afirmaram ainda que somente indicados fazem jornadas extensas, o que não aconteceria com efetivos, e que eles seriam exonerados quando não fossem mais necessários (apesar disso nunca ter acontecido na história do Tribunal de Justiça) defendendo a exploração e a precarização da mão de obra.

    Luta dos trabalhadores na Assembleia em defesa do concurso público foi importante, apesar do desfecho favorável ao Tribunal de Justiça.

    Juntos Somos Mais Fortes!

    Como votou cada deputado:

     Partido Deputado Voto
    MDB Ada Faraco De Luca Sim
    MDB Aldo Schneider
    PT Ana Paula Lima Sim
    PSD Antonio Aguiar
    MDB Carlos Chiodini Sim
    Pc do B Cesar Valduga Não
    PSB Cleiton Salvaro
    PSD Darci de Matos Sim
    MDB Dirce Heiderscheidt
    PT Dirceu Dresch Não
    PSDB Doutor Vicente Sim
    PMDB Fernando Coruja Sim
    PSD Gabriel Ribeiro Sim
    PSD Gelson Merisio Sim
    PSD Ismael dos Santos
    PSD Jean Kuhlmann Sim
    PP João Amin Sim
    PP José Milton Scheffer Sim
    PSD Kennedy Nunes Sim
    PSDB Leonel Pavan
    PT Luciane Carminatti Não
    MDB Luiz Fernando Vampiro
    PSDB Marcos Vieira Sim
    MDB Mário Marcondes
    PR Mauricio Eskudlark Sim
    MDB Mauro de Nadal
    PSD Milton Hobus Sim
    MDB Moacir Sopelsa Sim
    PSC Narcizo Parisotto
    PR Natalino Lazare Sim
    PT Neodi Saretta Sim
    PT Padre Pedro Baldissera Sim
    PSB Patrício Destro Sim
    PSD Ricardo Guidi Sim
    PDT Rodrigo Minotto Não
    MDB Romildo Titon
    PSDB Serafim Venzon Sim
    PP Silvio Dreveck Sim
    MDB Valdir Cobalchini Sim
    PP Valmir Comin Sim

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