Enquanto as autoridades afirmam que a transformação busca uma maior eficiência no setor, os trabalhadores e sindicatos asseguram que será o início da destruição da SNCF, considerada até agora um modelo do serviço público francês.
Entre os aspectos mais criticados da reforma encontram-se a transformação da SNCF em uma sociedade anônima e a exclusão do status de trabalhador ferroviário, que até agora garantia aos empregados determinadas vantagens salariais e sociais, como compensação ante a dureza desses trabalhos.
Nessa jornada também se expressará o rechaço ao plano governamental de eliminar 120 mil postos de trabalho na função pública e de cortar 60 bilhões de euros do orçamento destinados a este setor.
Sindicatos como CGT, Força Operária, FSU, Solidários, entre outros, realizaram convocação à greve em todo o território nacional, que se realizará conjuntamente com a greve dos ferroviários.
Por outro lado, para a sexta-feira está convocado um protesto dos trabalhadores da companhia aérea Air France, em reivindicação a um aumento de salários.
O plano da direção da companhia é aumentar os salários em um por cento, mas os empregados estimam justo um aumento de seis por cento, tendo em conta que as remunerações estão congeladas desde 2011 devido à crise. A greve ocorrerá um mês após outra jornada de manifestações realizada em fevereiro, durante a qual Air France teve que suspender 50 por cento dos voos de longa distância, 25 por cento dos de média distância, e 15 por cento das viagens curtas.