Por Ana Rosa Moreno, para Desacato.info.
Tradução: Elissandro Santana, para Desacato,info. (Port./Esp.)
A cada seis anos, os mexicanos votam em quem será o portador da faixa presidencial, nosso tlatoani, o guia e protetor deste lindo e surreal país chamado México. No entanto, não há muitas opções ou boas opções, pois são os candidatos dos mesmos partidos com as mesmas alianças de sempre. Mas neste ano de 2018 será diferente, pois, pela primeira vez, a figura do candidato independente aparece para a presidência, ou seja, não representa nenhum partido e não milita em nenhum partido. Aparentemente, as regras mudaram, ou assim parece.
Em 2014, a candidatura independente foi aprovada para reafirmar o direito de que qualquer mortal além de votar pode ser votado. De acordo com a página do Instituto Nacional Eleitoral, INE, os interessados em concorrerem a uma eleição federal (à Presidência, ao Senado ou à Câmara dos Deputados) devem obter uma quantidade considerável de apoio (assinaturas de cidadãos) e o apoio de mais da metade dos estados da República Mexicana.
De fato, o México já possui registro de candidatos independentes com uma candidatura a deputado e uma a governador. Em 2015, Pedro Kumamoto Aguilar chegou ao Congresso de Jalisco por meio de independentes e, em seu trabalho de vice, conseguiu promover o projeto de lei #SemVotoNãoHáDinheiro, que busca reformar a fórmula para a concessão de recursos públicos aos partidos políticos. Jaime Rodríguez Calderón ‘El Bronco’ que ganhou o governo no estado de Nuevo Leon somente se destacou por dizer que ninguém quer garotas gordas (dados reais).
Voltando ao nosso tema, no final de 2017, foi apresentada uma lista de 86 nomes para candidatos independentes à presidência dos Estados Unidos Mexicanos. Para poder aparecer na urna, cada candidato independente deve coletar a quantidade de 866.593 assinaturas de cidadãos distribuídos em pelo menos 17 estados, que somem, pelo menos, 1% do total na lista nominal de eleitores em cada um deles.
É importante mencionar que isso representa um começo histórico no processo eleitoral, porque, pela primeira vez, se apresentou uma candidata indígena. María de Jesús Patricio, mais conhecida como Marichuy, eleita pelo Congresso Nacional Indígena CNI (organismo que reúne quase cinquenta cidades e tribos do México). Marichuy afirmou que sua intenção não era reunir todas as assinaturas necessárias ou ganhar as eleições presidenciais, seu objetivo era organizar comunidades indígenas em todo o país e ser visível, uma vez que suas comunidades foram vítimas dos abusos do mau governo e dos projetos de morte por parte das empresas transnacionais. Infelizmente, ela não teve o apoio que desejou, sua campanha esteve envolta por discriminação e falta de interesse do povo mexicano além de ter sofrido um acidente em uma estrada no estado de Baja California um dia antes do fechamento da coleta de assinaturas.
Da grande lista de candidatos independentes, apenas três conseguiram obter as assinaturas necessárias. Jaime Rodríguez “El Bronco”, Margarita Zavala Gómez del Campo e Armando Ríos Piter. Estes serão candidatos independentes à Presidência do México.
Esses candidatos vão lutar pela tão apreciada cadeira presidencial e contra os candidatos dos partidos de toda a vida. Pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), com suas respectivas alianças, se apresenta o candidato José Antonio Meade, quem, além de possuir um currículo enorme de desvios de recursos de programas sociais para os próprios bolsos, tem alianças com políticos corruptos e representa um partido que já leva mais de 80 anos no poder. Pelo Partido de Ação Nacional, Ricardo Anaya, que diz falar inglês, francês e ter talento musical; este jovem não somente evitou que Margarita Zavala fosse a candidata do PAN (partido conservador e machista), como também está envolvido em lavagem de dinheiro e Andrés Manuel López Obrador, do Movimento de Regeneração Nacional (Morena), que, pela terceira vez, tenta chegar à presidência, porque só na terceira é que se é derrotado de fato.
A questão aqui é se os candidatos independentes nos aproximarão do país democrático e pacífico que precisamos. Eu acho que não, porque aqueles que aparecem na cédula, sejam eles independentes ou registrados em um partido, possuem um passado turbulento cheio de corrupção, de tráfico de influência, desvio de fundos e todos os crimes cometidos e que venham a acontecer. E, no final, quem perde e paga pelos pratos quebrados é o povo mexicano.
Indubitavelmente, essas eleições presidenciais serão mais divertidas do que a novela das nove, e eu, com prazer, apresentarei informações sobre o processo eleitoral passo a passo.
Candidaturas independientes a las elecciones presidenciales en México
Por Ana Rosa Moreno, para Desacato.info.
Cada seis años los mexicanos votan por quién será el portador de la banda presidencial, nuestro tlatoani, el guía y protector de este hermoso y surreal país llamado México. Sin embargo, no tenemos muchas opciones o buenas opciones, ya que son los candidatos de los mismos partidos y las mismas alianzas de partidos de siempre. Pero este 2018 será diferente, ya que, por primera vez, aparece la figura del candidato independiente para la presidencia federal, es decir, que no representa ningún partido y no milita en ningún partido. Al parecer, las reglas han cambiado, o eso parece.
En el 2014, se aprobó la candidatura independiente, para reafirmar el derecho de cualquier mortal, además de votar, que pueda ser votado. De acuerdo a la página del Instituto Nacional Electoral INE, los interesados a contender a una elección federal (presidencia, senaduría o diputación federal) deben obtener una cantidad considerable de apoyos (firmas ciudadanas) y tener el apoyo de más de la mitad de los estados de la República Mexicana.
De hecho, México ya cuenta con antecedentes de candidatos independientes que han ganado una diputación y una gobernatura estatal. En el 2015, Pedro Kumamoto Aguilar llegó al Congreso de Jalisco por vía independiente y en su trabajo de diputado logró impulsar la iniciativa de ley #SinVotoNoHayDinero, que busca reformar la fórmula para otorgar recursos públicos a los partidos políticos. Jaime Rodríguez Calderón ‘El Bronco’, quien ganó la gobernatura en el estado de Nuevo León y él sólo se ha destacado por decir que nadie quiere a las niñas gordas (dato real).
Regresando a nuestro tema, a finales del 2017, se presentó una lista de 86 nombres de aspirantes a candidatos independientes para contender por la presidencia de los Estados Unidos Mexicanos y, para poder aparecer en la boleta electoral, cada candidato independiente debe juntar la cantidad de 866.593 mil firmas de la ciudadanía distribuidos en, por lo menos, 17 entidades federativas, que sumen cuando menos el 1% del total en la lista nominal de electores en cada una de ellas.
Es importante mencionar que ha sido un inicio histórico en el proceso electoral, porque, por primera vez, se presentó una candidata indígena. María de Jesús Patricio, mejor conocida como Marichuy, elegida por el Congreso Nacional Indígena CNI (organismo que reúne a casi medio centenar de pueblos y tribus de México). Marichuy declaró que su intención no era reunir el total de las firmas requeridas o ganar la elección presidencial, su objetivo fue el de organizar a las comunidades indígenas de todo el país y para ser visibles, ya que sus comunidades han sido víctimas de los abusos del mal gobierno y de los proyectos de muerte por parte de las empresas transnacionales. Lamentablemente, no tuvo el apoyo que hubiera deseado: su campaña se vio envuelta por discriminación y falta de interés del pueblo mexicano, y sufrió un accidente automovilístico en la carretera en el estado de Baja California Norte un día antes del cierre de recolección de firmas.
De la gran lista de candidatos independientes a la Presidencia de México, sólo tres lograron obtener las firmas requeridas. Jaime Rodríguez “El Bronco”, Margarita Zavala Gómez del Campo y Armando Ríos Piter.
Estos candidatos pelearan por la tan preciada silla presidencial y contra los candidatos de los partidos de toda la vida. Por el Partido Revolucionario Institucional (PRI) con sus respectivas alianzas se presenta el candidato José Antonio Meade, quien además tiene un currículum ilustre de desvíos de recursos de programas sociales en sus bolsillos, alianzas con políticos corruptos, representa a un partido que ya tiene más de 80 años en el poder. Por el Partido de Acción Nacional, Ricardo Anaya, que presume de hablar inglés, francés y posee talentos musicales, este joven no sólo evitó que Margarita Zavala sea la candidata presidencial del PAN (partido conservador y machista), también está involucrado en lavado de dinero. Andrés Manuel López Obrador del Movimiento de Regeneración Nacional (Morena), quien, por tercera vez, intenta llegar a la presidencia, porque la tercera es la vencida.
La pregunta aquí es si los candidatos independientes nos acercaran al país democrático y de paz que necesitamos. Yo creo que no, porque los que aparecerán en las boletas, ya sean independientes o inscritos a un partido, tienen un pasado turbio lleno de corrupción, tráfico de influencias, desvío de fondos y todos los crímenes habidos y por haber.
Y al final, el que pierde y paga los platos rotos es el pueblo mexicano. Sin duda, estas elecciones presidenciales serán más entretenidas que la telenovela de las nueve y yo, con gusto, les iré presentando paso a paso el proceso electoral.
Revisión: Tali Feld Gleiser.
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[avatar user=”Ana Rosa Moreno” size=”thumbnail” align=”left” link=”attachment” target=”_blank” /]Ana Rosa Moreno é licenciada em Relações Internacionais e mora em Puebla, México.