Por Márcio Pasqual.
As declarações do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foram dadas durante transmissão via Facebook realizada na página de Flávio, um de seus três filhos, que é deputado estadual no Rio de Janeiro, os outros dois também foram colocados na política pelo pai. Bolsonaro que surge no cenário político nacional na disputa pela chefia do Executivo como uma figura polêmica e patética que baseia seu discurso no ódio e na intolerância contra o conjunto da classe trabalhadora aproveita os holofotes para atacar toda a esquerda do país.
“Eles vão continuar martelando, se vitimizando, como fizeram no período militar. Os caras faziam barbaridade, treinavam em Cuba, pegavam em armas, metiam bomba aqui, executavam gente naquele mini manual de guerrilha do Marighella (comandante da Ação Libertadora Nacional, organização guerrilheira que combateu o regime militar), e eram coitados, estavam lutando por democracia. Aquela mentira de sempre. Vão continuar fazendo a mesma coisa”, disse.
Assim como a grande maioria dos parlamentares, Bolsonaro responde a processos que foram instaurados pelo Conselho de Ética da Câmara e mesmo assim segue seu mandato com tranquilidade. Entusiasta da ditadura militar e perseguidor de negros, mulheres e toda população LGBT, tenta através de sua fala influenciar uma grande camada da população brasileira que em toda sua história foi privada de informações verídicas sobre a corrupção generalizada quando os militares ditavam as regras no Brasil.
Nós, do Esquerda Diário e do MRT nunca apoiamos a política de conciliação de classes desenvolvida por Lula e o PT, mas entendemos que com a decisão do Judiciário golpista, que foi eleito para legislar a favor dos empresários e seus interesses, se abrirá precedentes para o agravamento dos ataques à todo conjunto da população do país. A classe trabalhadora brasileira deve se auto organizar numa luta anticapitalista e construir uma alternativa à esquerda do PT, usar o marasmo e a passividade das grandes centrais sindicais que historicamente traem o trabalhador, para retomar o caminho da greve geral.