O Acordo de Associação Transpacífico (TPP) será mantido apesar da saída dos Estados Unidos. O governo do Japão, um dos 11 remanescentes no tratado comercial, anunciou nesta que os membros pretendem assinar um novo texto no próximo mês de março, no Chile, em um forte sinal contra o protecionismo de Donald Trump.
A notícia chega no primeiro dia do Fórum Econômico Mundial de Davos, que reúne governantes, empresários e os principais pensadores da economia liberal. Com a saída dos EUA, o TPP inclui 11 nações: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietnã.
A nova versão do pacto – agora chamado de Tratado Integral e Progressivo para a Parceria Transpacífica – ainda enfrenta resistências de países como Canadá – que pede restrições a filmes estrangeiros – e Brunei, que pede proteção à indústria carvoeira do país.
Ottawa tem se mostrado resistente à assinatura do acordo, principalmente por já ter que renegociar seu atual tratado com Estados Unidos e México (o NAFTA). Segundo o Japan Times, Tóquio tem pressionado os outros membros do tratado a assiná-lo mesmo sem os canadenses, que poderiam ser incluídos depois.
A retirada dos Estados Unidos do pacto foi um dos primeiros atos de Trump na Casa Branca e era uma promessa de campanha. Com os EUA, o TPP reunia cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Quando o presidente assinou o tratado, ele ainda não havia sido ratificado pelo Senado, portanto, não estava em vigor.
O principal objetivo do TPP é derrubar barreiras alfandegárias e regulamentar preços e padrões ambientais em nações banhadas pelo Pacífico.