O Secretário de Cultura da Prefeitura de São Paulo, André Sturm, foi acusado de assédio sexual a uma assessora. A prova foi uma gravação na qual ela acusa Sturm de ter passado a persegui-la depois que foi rejeitado por ela em Nova York.
Sturm nega e diz que, na gravação, foi induzido por ela ao tema e, mesmo assim, não admitiu as acusações.
Vamos aos fatos, como diriam os procuradores da Lava Jato, e esqueçamos as gravações.
- Sturm diz ter sido convidado para um evento no Canadá, país muito afeito a parcerias culturais.
- ?Em geral, os convites são acompanhados de passagens de avião e hospedagem. Esse convite, não.
- Em missão oficial, Secretários de Estado têm suas despesas pagas pelo erário. Nesse caso, não.
- Em vez disso, Sturm colocou a mão no bolso, ou melhor, as milhas, e decidiu viajar por conta própria, sem ônus para o erário. E, para dar maior produtividade à viagem, convidou uma assessora, uma mulher respeitável, conhecida no circuito da dança.
- Como o convite era para trabalhar, Sturm tratou de garantir as passagens e a hospedagem da assessora.
- Chegando no hotel, a moça ficou sabendo que Sturm tinha reservado um quarto com duas camas. Sturm alega que comprou por aplicativos e cometeu o engano, por não ter familiaridade com as tecnologias modernas. Certamente, é um grande cultivador das tecnologias antigas do manual do perfeito idiota assediador.
- De volta para São Paulo, a moça passou a ser alvo de perseguição implacável de Sturm. Sua alegação é que não produzia a contento e era grosseira com os funcionários. Até a véspera da viagem era a principal assessora, a ponto de bancar sua viagem ao exterior, e não daqueles assessores homens, engravatados, sem nenhum charme.
- Em sua defesa levanta a história da idade da senhora assediada, uma mulher bonita, como são as mulheres que, além de bonitas, têm história, autoestima, e sabem que a arte da conquista está na educação, no charme, na inteligência e não na clava de Neandertals que têm no carteiraço de autoridade a única arma fálica.
Fonte: Jornal GGN