O número de pessoas sem emprego no Reino Unido atingiu o nível mais alto desde 1992, quando o órgão britânico de estatística começou a registrar esses dados. Ao todo, 2,64 milhões de pessoas estão desempregadas no Reino Unido, apesar de o país ser um dos menos afetados pela crise econômica que atinge a Europa.
No terceiro trimestre, apesar do aumento nominal, a taxa de desemprego se manteve estável em 8,3% da população economicamente ativa. Por outro lado, mais de 3.000 pessoas solicitaram o benefício do auxílio desemprego no período, atingindo 1,6 milhão de segurados, segundo o ONS (Escritório Nacional de Estatísticas, na sigla em inglês).
A desaceleração da economia britânica influenciou negativamente o cenário para a demanda dos consumidores.
O quadro de recessão econômica afetou praticamente todos os estratos sociais no Reino Unido. Assim como ocorre em outros países em crise, como Grécia e Espanha, os jovens entre 16 e 24 anos são as maiores vítimas do desemprego, com uma taxa de 22%. São mais de 1 milhão de novos profissionais sem ocupação.
O número de mulheres desempregadas também subiu, assim com o de funcionários públicos, alvos prioritários de uma política de corte de gastos do governo colocada em prática pelo premiê David Cameron.
No início do mês, as autoridades britânicas reduziram a perspectiva de crescimento da economia em 2011 de modestos 1,7% para 0,9%. No ano que vem, a previsão é ainda pior: 0,7%.
Mesmo com as medidas de austeridade fiscal, o governo anunciou também um plano de crescimento para o país, que procura um investimento de 30 bilhões de libras oriundas de fundos de pensão em obras de infra-estrutura ao longo dos próximos dez anos. Também são visados um bilhão em subsídios de postos de trabalho para jovens e outros 40 bilhões em garantias de empréstimos concedidos a microempresários.
Fonte: Opera Mundi
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