O futuro da humanidade em discussão no PLANETA.doc Conferência

    O evento, que será no dia 23/10, na UFSC, está com as inscrições (gratuitas) abertas;

    16 especialistas na área socioambiental do mundo todo irão  abordar inovações em “Bens comuns, lixo zero e cidades humanas”

    Estimativas da ONU apontam que, em 2050, a população do mundo chegará a nove bilhões de pessoas e mais de 70% delas viverá em área urbana. De que forma as cidades irão enfrentar desafios como sustentabilidade energética, mobilidade urbana, fornecimento de água potável e de alimentos e produção e descarte do lixo? As cidades deverão promover mudanças radicais de infraestrutura nas próximas décadas se quiserem fugir do caos total, alertam especialistas. Para debater e propor soluções sobre essas questões e outras urgências socioambientais com que se depara a humanidade no mundo contemporâneo, 16 especialistas, referências internacionais em suas áreas de atuação, estarão reunidos na PLANETA.doc Conferência, no dia 23 de outubro, das 11h às 22h30, no auditório Garapuvu da UFSC. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo site do evento – planetadoc.com.

    A conferência abre diálogo com base nos estudos mais atuais e inovações que estão sendo gestadas em torno de conceitos como “Bens Comuns, Lixo Zero e Cidades Humanas”. As conferências serão realizadas em um formato semelhante a TED, com até 30 minutos de duração, permitindo um painel bastante abrangente  e diversificado.

    A atividade integra a programação da quarta edição do PLANETA.Doc – Festival Internacional de Cinema Socioambiental , o maior do gênero do sul do país e um dos principais do Brasil, que ocorre entre os dias 16 de outubro e 10 de novembro, em Florianópolis e várias outras cidades catarinenses.

    A programação completa do PLANETA.doc está disponível no site www.planetadoc.com e através do aplicativo Planeta.DOC, que pode ser baixado no Google Play e Apple Store. Por lá, é possível também acessar trailers dos filmes.

    Riquezas comuns não estão à venda

    Rios, lagos, mares, florestas, a biodiversidade, o valor ecológico da vida silvestre, as normas éticas da venda de produtos seguros, os valores morais e tradições que definem uma comunidade, tudo isso são riquezas que não podem ser representadas por um valor. O conceito de bens comuns – aquilo que é inalienável e está acima de qualquer preço – contrapõe-se à lógica da privatização. Sobre essas propriedades e riquezas coletivas e públicas, não deve haver interferência do mercado. Porém, uma grande quantidade destes recursos está se convertendo em propriedade privada, impulsionada pela lógica neoliberal. Exemplo é o desmatamento da floresta amazônica. Entre 2015 e 2016, a floresta perdeu 7.989 km² de extensão, segundo levantamento do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). Isso significa que foram desmatados aproximadamente 128 campos de futebol por hora na região no ano passado, a maior área registrada desde 2008.

    O processo de liquidação dos bens comuns, considerado uma das grandes injustiças do nosso tempo, será debatido por ambientalistas mais influentes do mundo como Paula Saldanha, jornalista e ambientalista, referência na conscientização sobre as riquezas naturais, étnicas e culturais do Brasil. Com 43 livros publicados, 800 documentários realizados e mais de vinte prêmios, Paula é presidente do Instituto Paula Saldanha e viabilizou expedições que oficializaram a nascente do Amazonas, maior rio do planeta. Sobre o tema, irão palestrar também:

    – Dener Giovanini, ambientalista reconhecido internacionalmente, recebeu da ONU o mais importante prêmio ambiental do planeta. Pelo trabalho na Renctas, ONG que fundou, ganhou o status de Empreendedor Social Notável das três maiores organizações do setor no mundo.

    – Adrienne hall, sócia na produtora cinematográfica Sound Off Films,  produziu o aclamado documentário “Racing  Extinction”. Em 2016, lançou o filme “The Discarded: A Tale of Two Rios”, que aborda a temática do lixo no Rio de Janeiro.

    – Georgia Nicolau, co-fundadora e co-diretora do Instituto Procomum, é ativista e pesquisadora nos campos da cultura, das artes, da política e da inovação cidadã. Faz parte da rede Global Innovation Gathering, que reúne inovadores principalmente do sul global.

    – Washington Novaes, foi repórter, diretor, editor e colunista dos principais veículos de comunicação do Brasil. Conquistou prêmios como o Esso Especial de Ecologia e Meio Ambiente e o Unesco de Meio Ambiente. Escreveu livros e produziu documentários sobre os indígenas do Xingu.

    As pessoas no lugar dos carros
    Das dez piores cidades em mobilidade urbana do mundo, seis são brasileiras, de acordo com um estudo urbanístico sobre índices de mobilidade nos centros urbanos, divulgado pela Universidade de Brasília (UnB), em 2009. Conforme a pesquisa, Florianópolis tem o segundo pior índice do mundo e o deslocamento mais complicado entre 21 das principais capitais brasileiras. Como se o quadro já não fosse preocupante o bastante, estima-se que a frota de carros do mundo deva crescer a uma média de 3% ao ano até 2030.

    Porém, quando tratada de maneira adequada, a mobilidade fomenta cidades inclusivas, acessíveis e conectadas, as chamadas “Cidades do Futuro – inteligentes e humanas”. O conceito é voltado ao bem-estar das pessoas, que pressupõe a manutenção da qualidade do ar e um sistema de transporte coletivo sob demanda, que atenda aos interesses de toda a população urbana. Trata-se do aproveitamento da tecnologia a serviço das pessoas e da coletividade para vencer os desafios colocados pelos congestionamentos, emissões de gases do efeito estufa, mortes no trânsito e infraestrutura urbana organizada para o carro.

    A relação hoje existente com o carro vai mudar. As ruas terão enormes painéis solares que vão recarregar o transporte coletivo. As pessoas vão se mover de uma ponta à outra da cidade em trajetos integrados entre ônibus elétrico e bikes alugadas. Esse é um cenário imaginado, mas possível dentro de planejamentos urbanos pautados por lógicas mais humanas e sustentáveis, onde as cidades são pensadas para as pessoas e não para os carros.

    Experiências de cidades humanas serão apresentadas por especialistas como Tia Kansara, fundadora e diretora da primeira consultoria de estilo de vida sustentável do Reino Unido, que estará no PLANETA.doc Conferência e também no VII Fórum Nacional Varejo Lixo Zero, promovido pela ACATs, no dia 24 de outubro. Suas pesquisas incluem futuras cidades e energia. Criou o conceito de Replenish, uma avaliação per capita do que devolvemos aos ecossistemas. Outros palestrantes que irão abordar essa temática:

    – Pierre-André Martin, estudou as ciências relativas à paisagem e ao território durante seis anos na França. Desde 1995, atua como paisagista e ambientalista internacionalmente. É professor na PUC-Rio, sócio-fundador da EMBYÁ, redator para “The Nature of Cities” e membro do comitê executivo da Society for Urban Ecology – Brasil.

    – Cecília Herzog, presidente do Inverde – Instituto de Pesquisas em Infraestrutura Verde e Ecologia Urbana. Paisagista urbana, especialista em Preservação Ambiental das Cidades, mestre em Urbanismo e professora na PUC-Rio. É autora do livro “Cidades para Todos: (re)aprendendo a conviver com a natureza”.

    As relações entre insegurança alimentar e desperdício

    Atualmente, 842 milhões de pessoas ainda passam fome em todo o mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO/ ONU). Por outro lado, cerca de 1,3 bilhão de toneladas daquilo que poderia virar comida vai parar na lata do lixo. Para se ter uma ideia do prejuízo causado pelo desperdício, a cada ano os consumidores dos países ricos desperdiçam 222 milhões de toneladas, o que quase equivale à quantidade de alimentos produzidos para alimentar a África. No Brasil, o índice de alimentos que vão para o lixo chega a 26,3 milhões de toneladas.

    Ainda de acordo com dados da FAO/ONU, as consequências econômicas diretas do desperdício de alimentos, excluindo peixes e frutos do mar, chegam a 750 bilhões de dólares por ano. Mais da metade (54%) da perda de alimentos no mundo ocorre na fase inicial da produção, na manipulação, pós-colheita e armazenagem. O restante (46%) acontece nas etapas de processamento, distribuição e consumo.

    Os números indicam que agir sobre o desperdício de alimentos tem impactos diretos e indiretos sobre a segurança alimentar no mundo. Cinco palestrantes vão tratar dessa questão humanitária:

    – Daniel Silva Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome e representante do Programa Mundial de Alimentos da ONU no Brasil. Economista, foi presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação de 2003 a 2011. É membro da Global Child Nutrition Foundation e da Agenda de Conselheiros Globais do Fórum Econômico Mundial.

    – Ronni Kahn, fundou a OzHarvest em 2004, impulsionada pelo desejo de fazer a diferença e acabar com o desperdício de comida. Hoje, a OzHarvest é a principal organização de resgate de alimentos da Austrália e tem se tornado um modelo global.- – Jonathon Hannon, coordenador da Zero Waste Academy, fundada em 2002, tendo como objetivos o desperdício zero e a sustentabilidade. Entre seus interesses acadêmicos estão ecologia industrial, economia circular e reciclagem orgânica. O conferencista também participará do VII Fórum Nacional Varejo Lixo Zero, promovido pela ACATs, no dia 24 de outubro.

    – Leslie Lukacs, consultora para implementação de programas de sustentabilidade e desperdício zero em instituições, órgãos públicos e eventos. É fundadora e membro do Green Initiatives for Venues and Events.

    – Eunice Maia, fundadora da Maria Granel, a primeira mercearia biológica a granel em Portugal. Autora do prefácio do livro “Desperdício Zero”, de Bea Johnson, e responsável pela introdução do sistema BYOC (bring your own container – traga sua própria vasilha) no mercado português.

    Responsabilidade no uso e descarte do lixo
    Quando o assunto é produção e descarte responsável do lixo, o Brasil precisa avançar e muito. Cada brasileiro produz em média 383 quilos por ano. O país produz 63 milhões de toneladas de resíduos sólidos e apenas 3% por cento são reciclados, apesar de 1/3 de todo o lixo urbano ser potencialmente reciclável, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.

    Nos últimos 11 anos, o aumento da geração de lixo no país foi muito maior do que o crescimento populacional. De 2003 a 2014, a geração de lixo cresceu 29%, enquanto a taxa de crescimento populacional foi de 6%. Mas o tratamento adequado dado a esses resíduos não aumentou e a economia brasileira perde cerca de R$ 120 bilhões por ano em produtos que poderiam ser reciclados.

    Em 2010, o Congresso aprovou, depois de 20 anos de discussão, uma política nacional de resíduos sólidos (Lei 12.305/10), com a finalidade de estimular a reciclagem e a chamada logística reversa – quando o fabricante é responsável por recolher a embalagem do produto usado. Especialistas ressaltam que a coleta seletiva é essencial para que seja implementada a logística reversa, prevista na lei. Mas de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), só existe algum tipo de iniciativa de coleta seletiva em 60% dos municípios brasileiros.

    Mesmo apesar da lei que determinou o fim dos lixões, o Brasil ainda despeja 30 milhões de toneladas de lixo por ano, de forma inadequada. Em 2013, 41,7% do lixo era depositado em locais considerados inadequados (lixões e aterros controlados), em 2014, essa parcela foi de 41,6%.

    O movimento Lixo Zero (zero waste) faz frente a essa sociedade do lixo e desperdício.  Segundo o Instituto Lixo Zero Brasil, o Conceito “lixo zero” consiste no máximo aproveitamento e correto encaminhamento dos resíduos recicláveis e orgânicos e a redução – ou mesmo o fim – do encaminhamento destes materiais para os aterros sanitários ou para a incineração. De acordo com a ZWIA – Zero Waste International Alliance, o conceito Lixo Zero inclui mudança de hábitos das pessoas, para que alcancem ciclos naturais sustentáveis, “onde todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo.” Três pesquisadores vão tratar da questão:

    – Rodrigo Sabatini, fundador e presidente da Novociclo Ambiental SA, primeira empresa brasileira de gestão de resíduos baseada no conceito lixo zero. Presidente do Instituto Lixo Zero Brasil e fundador e mentor do Movimento Juventude Lixo Zero.

    – Pal Martesson, coordenador do Departamento de Gestão de Resíduos e Recursos Hídricos da Cidade de Goteburg (Suécia) e membro do Zero Waste International Alliance (ZWIA). Fundador e gestor do maior parque de reciclagem do mundo.

    – Jonathon Hannon, coordenador da Zero Waste Academy, fundada em 2002, com sede na Massey University, tendo como objetivos o desperdício zero e a sustentabilidade. Os interesses acadêmicos dele são: desperdício zero, ecologia industrial e metabolismo urbano, economia circular, administração de produtos/ responsabilidade de produtores estendidos, laboratórios vivos, reciclagem orgânica e papel do setor empresarial comunitário na reciclagem.

    Patrocínios, apoios e parcerias
    Patrocínio PLANETA.doc: Prefeitura de Florianópolis (Cultura, Esporte e Turismo) – Fundação Franklin Cascaes – Lei Municipal de Incentivo à Cultura

    Apoio Cultural: Neoway Business Solutions e Digilab

    Apoio institucional: UFSC, Udesc – Universidade do Estado de Santa Catarina, UNISUL – Universidade, Resort Costão do Santinho, ACATS (Associação Catarinense dos Supermercados), Fundação CERTI, Sapiens Parque, Centro De Inovação Acate – Primavera, Fundação Catarinense de Cultura, Secretaria de Educação Florianópolis, Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, Embaixada da França no Brasil, Instituto Francés, Embajada de España en Brasil – Embaixada da Espanha no Brasil, Embaixada da Espanha e Escritório Cultural da Embaixada da Espanha no Brasil, Embaixada do México, Fundação Cultural Badesc, Centro Integrado de Cultura – CIC, Instituto Estadual de Educação (IEE), Comida do Amanhã, Sinepe/SC, Circo da Dona Bilica, ONU-Habitat Brasil, O Sítio Arte Educação Coworking, Círculo Artístico Teodora.

    Parcerias: Instituto Lixo Zero Brasil, Semana Lixo Zero Florianópolis, Ecozine Film Festival, ATADOS, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Cineclube Presença, Cine Club Ipan, Aequo Sustentabilidade, TV UFSC, Projeto Guarani Serra Geral e UFSC Sustentável, Sol da Terra e Beer Garden da Lagoa.

    Serviço:
    PLANETA.doc Conferência, com a participação de 16 conferencistas
    23 de outubro, das 11h às 22h30
    Auditório Garapuvu – UFSC
    Inscrições GRATUITAS (e obrigatórias) pelo planetadoc.com


    PROGRAMAÇÃO PLANETA.DOC CONFERÊNCIA

    11h
    WASHINGTON NOVAES
    Foi repórter, diretor, editor e colunista das principais publicações brasileiras, entre as quais: “Veja”, “O Estado de S. Paulo”, “Folha de S. Paulo”, “Última Hora”, “Visão”, “Correio da Manhã”, “O Jornal”, “Gazeta Mercantil”, “Jornal do Brasil”. Em televisão, atuou como editor e comentarista das principais emissoras de TV brasileiras. Consultor ambiental, foi secretário de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, de 1991 a 1992. Conquistou inúmeras premiações nacionais e internacionais, como o Prêmio Esso Especial de Ecologia e Meio Ambiente, em 1992, e o Prêmio Unesco de Meio Ambiente, em 2004. Escreveu diversos livros, como “Xingu, Uma Flecha no Coração”, “A Quem Pertence a Comunicação”, “A Terra Pede Água” e “A Década do Impasse”. Realizou o documentário “Amazonas, a Pátria da Água” e a série “Quarup – Adeus ao Chefe Malakutauá”, no Xingu.

    14h
    RONNI KAHN (AUSTRÁLIA)
    Fundou a OzHarvest em 2004, impulsionada pelo desejo de fazer a diferença e acabar com o desperdício de comida. A OzHarvest se tornou a principal organização de resgate de alimentos da Austrália. Ela atua junto ao governo australiano para reduzir para a metade o desperdício de alimentos em nível nacional até 2030. Hoje, a OzHarvest está se tornando um modelo global de resgate de comida.

    14h30
    EUNICE MAIA (PORTUGAL)
    Fundadora da Maria Granel, a primeira mercearia biológica a granel em Portugal. Autora do prefácio do livro “Desperdício Zero”, de Bea Johnson, e responsável pela introdução do sistema BYOC (bring your own container – traga sua própria vasilha) no mercado português.

    15h
    JONATHON HANNON (NOVA ZELÂNDIA)
    Coordenador da Zero Waste Academy, fundada em 2002, com sede na Massey University, tendo como objetivos o desperdício zero e a sustentabilidade. Os interesses acadêmicos dele são: desperdício zero, ecologia industrial e metabolismo urbano, economia circular, administração de produtos/ responsabilidade de produtores estendidos, laboratórios vivos, reciclagem orgânica e papel do setor empresarial comunitário na reciclagem.

    15h30
    LESLIE LUKACS (EUA)
    Especializada no fornecimento de consultoria para implementação de programas abrangentes de sustentabilidade e desperdício zero em grandes instituições, agências públicas, locais e eventos. Leslie é fundadora e membro do Green Initiatives for Venues and Events, organização dedicada a aumentar a conscientização para implementação de programas de sustentabilidade e lixo zero em locais e eventos. Também é cofundadora da Compost Coalition of Sonoma County, composta por cidadãos e organizações que juntam esforços para manter e processar materiais orgânicos em Sonoma (Califórnia).

    16h
    RODRIGO SABATINI 
    Engenheiro civil especializado em Gestão em Engenharia de Produção (UFSC), consultor de inovação tecnológica para fundos de investimentos (Stratus). Especializou-se em Modelagem Matemática para Previsão de Cheias (GThidro). Foi CEO de empresas de tecnologia (Ethermidia, Ensino Web e Gincana Premiada). Fundador e presidente da Novociclo Ambiental SA, primeira empresa brasileira de gestão de resíduos baseada no conceito lixo zero. Presidente do Instituto Lixo Zero Brasil, membro do board da Zero Waste International Alliance, fundador e mentor do Movimento Juventude Lixo Zero. Coordena eventos nacionais e internacionais como a Semana Lixo Zero, Zero Waste Cities Forum, Basura Cero Uruguai e Zero Waste Youth International International Forum.

    16h30 – PAUSA – ENTREVISTAS PARA A IMPRENSA

    17h
    ADRIENNE HALL (CALIFÓRNIA)
    Sócia na produtora cinematográfica Sound Off Films, com Annie Costner. Produziu o aclamado documentário “Racing Extinction” e tem um amplo histórico de participação em produções socioambientais em empresas como Mosaic of Change, Heist e Oceanic Preservation Society. Em 2016, lançou o filme “The Discarded: A Tale of Two Rios”, gravado no Rio de Janeiro.

    17h30
    PAULA SALDANHA (RIO DE JANEIRO)
    Jornalista, apresentadora, escritora, ilustradora e ambientalista brasileira. Tornou-se referência na documentação e conscientização sobre as riquezas naturais, étnicas e culturais do Brasil, o que lhe rendeu prêmios e homenagens pelo mundo. Tem 43 livros publicados e cerca de 800 documentários de média e curta metragem realizados. É lembrada como apresentadora da TV Globinho, telejornal infanto-juvenil da rede Globo. Como presidente do Instituto Paula Saldanha, organizou e financiou expedições que oficializaram o local da nascente do Amazonas, maior rio do mundo. Foi protagonista de uma mudança de atitude sobre as questões ambientais na televisão brasileira.

    18h
    DENER GIOVANINI (BRASÍLIA)
    Ambientalista reconhecido internacionalmente, recebeu da ONU o mais importante e prestigiado prêmio ambiental do planeta, o Unep-Sasakawa, em 2003, por sua atuação na defesa da biodiversidade. Anteriormente, apenas um outro brasileiro havia recebido essa distinção das Nações Unidas: Chico Mendes. No Brasil, foi condecorado com a honraria máxima do Poder Legislativo, a Medalha de Honra do Congresso Nacional. As novas estratégias em comunicação social, as parcerias inovadoras e os excelentes resultados alcançados pela organização que fundou e coordena, a Renctas, conferiram a Giovanini o status de Empreendedor Social Notável pelas três maiores organizações de empreendedorismo social do mundo: Ashoka, Avina e Schwab Foundation. Suas estratégias também inspiraram um estudo de caso na Universidade de Harvard.

    18h30
    DANIEL SILVA BALABAN (BRASÍLIA)
    É diretor do Centro de Excelência contra a Fome e representante do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas no Brasil. O centro oferece apoio a governos da África, Ásia e América Latina com o compartilhamento de boas práticas em políticas públicas, por meio da Cooperação Sul-Sul. É um projeto conjunto do PMA com o Governo do Brasil para permitir o desenvolvimento de capacidades nacionais nas áreas de alimentação escolar, nutrição e segurança alimentar.

    Economista formado pela Unisinos-RS, tem MBA em Finanças pelo IBMEC, especialização em Orçamento Público pela Fundação Getúlio Vargas e mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília. De 2003 a 2011, foi Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Antes disso, atuou na criação e organização do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República. Balaban ainda foi analista de finanças do Tesouro Nacional de 1995 a 2002. Também trabalhou no setor privado por mais de dez anos. Daniel é membro da Global Child Nutrition Foundation, fundação norte-americana ligada à School Nutrition Association, e da Agenda de Conselheiros Globais do Fórum Econômico Mundial.

    19h
    TIA KANSARA (INGLATERRA)
    É empresária, moderadora, palestrante e autora premiada. Fundadora e diretora do Kansara Hackney Ltd., primeira consultoria de estilo de vida sustentável e controle de qualidade ISO no Reino Unido. Tia é Ph.D. na Bartlett/University College London, e sua área de pesquisa inclui projetar futuras cidades e avaliar questões de energia na região do Golfo Pérsico. Publicou diversos artigos e foi convidada para aconselhar governos e setor privado na questão cidades sustentáveis. Palestrante em eventos em todo o mundo, como a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento e a Iniciativa de Biocomércio em questões de sustentabilidade. Seu trabalho recente envolve assessoria a prefeituras sobre seu conceito de Replenish, uma avaliação per capita do que devolvemos aos ecossistemas, que também é título do livro publicou em 2015.

    19h30
    PAL MARTESSON (SUÉCIA)
    Coordenador do Departamento de Gestão de Resíduos e Recursos Hídricos da Cidade de Goteburg (Suécia) e membro do Zero Waste International Alliance (ZWIA). Fundador e gestor do maior parque de reciclagem do mundo, localizado na cidade de Gotemburgo, Suécia. O Kretsloppsparken Alelyckan é um parque de reciclagem, onde os cidadãos podem dar destino às suas embalagens e aos grandes volumes (como material de poda, sofás, geladeiras e fogões), além de um centro de reuso de materiais.

    20h
    CECILIA HERZOG (RIO DE JANEIRO)
    É presidente do Inverde – Instituto de Pesquisas em Infraestrutura Verde e Ecologia Urbana. Paisagista urbana, especialista em Preservação Ambiental das Cidades, mestre em Urbanismo e professora na PUC-Rio, tem como principal foco de pesquisa as formas como as cidades podem se tornar sustentáveis e resilientes, aprendendo com a natureza. Cecilia é autora do livro “Cidades para TODOS: (re)aprendendo a conviver com a NATUREZA”. Escreve para o blog coletivo internacional “The Nature of Cities” e atua na comissão editorial da revista científica “LabVerde”, publicação da Universidade de São Paulo. Também integra as seguintes organizações: Society of Urban Ecology; International Association of Landscape Ecology – Brasil; Urban Biodiversity and Design; Associação dos Amigos do Parque Nacional da Tijuca; Urban Climate Change Research Network; e Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas.

    20h30 
    PIERRE-ANDRÉ MARTIN (RIO DE JANEIRO/FRANÇA)
    Estudou as ciências relativas à paisagem e ao território durante seis anos na França. Desde 1995, atua profissionalmente como paisagista e ambientalista em países como Brasil, França, Itália, Estados Unidos, Canadá, Peru e Angola. Colaborou com o paisagista Fernando Chacel, considerado o sucessor de Burle Marx. É professor de paisagismo e supervisor de urbanismo, além de co-coordenador do curso de pós-graduação “Paisagismo Ecológico: Planejamento e Projeto da Paisagem” na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Também é sócio-fundador da EMBYÁ, redator para “The Nature of Cities” e membro do comitê executivo da Society for Urban Ecology – Brasil. Palestra e leciona como professor convidado sobre sustentabilidade em várias instituições universitárias no Brasil.

    21h
    GEORGIA NICOLAU (BRASÍLIA)
    Georgia Nicolau é o cofundadora e codiretora do Instituto Procomum. É ativista e pesquisadora nos campos da cultura, das artes, da política e da inovação cidadã. Entre 2013 e 2016, foi diretora de Gestão, Empreendedorismo e Inovação no Ministério da Cultura e subsecretária de Economia Criativa e Políticas Culturais. Desde 2013, faz parte da rede Global Innovation Gathering, reunindo inovadores e empresários de todo o mundo, com foco no sul global.

    21H30
    HARJIT ANAND (ÍNDIA)
    Harjit Anand atuou como secretário do Ministério da Habitação e Alívio da Pobreza Urbana no Governo Indiano, implementando o programa JNNURM, para a provisão de habitação e serviços básicos. Também atuou como líder de missão para o setor informal no Escritório da Organização Internacional do Trabalho na Índia. Como secretário-membro da Junta de Planejamento da Região da Capital Nacional da Índia, esteve associado ao Planejamento Regional e à aprovação dos Planos Diretores de Délhi. Escreveu vários livros e participou de conferências internacionais em assuntos que vão desde natureza da economia informal, habitação e serviços básicos, trabalhadores da construção e trabalhadores informais de rua (ambulantes), planejamento regional e urbano e alívio da pobreza através do desenvolvimento de pequenas empresas.


    Ocupe seu lugar no planeta!
    No dia 23 de outubro, o hall do Centro de Eventos estará aberto para projetos, tecnologias e ações inovadoras em torno da preservação da vida. As iniciativas poderão promover oficinas, exposições, rodas de conversa e venda de produtos sustentáveis, entre outras atividades. Nos dias 26 e 27 de outubro, haverá mais uma janela para essas intervenções. Participar como expositor é simples. Envie um e-mail para [email protected].

    O PLANETA.doc Conferência integra as ações da 4ª edição do Festival Internacional de Cinema Socioambiental PLANETA.doc, que será realizado de 15 de outubro a 10 de novembro. O festival exibirá cerca de 100 filmes socioambientais de todo o mundo. Haverá exibições em várias cidades do Brasil.

    Mais informações e contatos:
    www.planetadoc.com

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