Por Claudia Weinman.
O Programa “Novo Mais Educação”, foi criado pela Portaria do Ministério da Educação nº 1.144/2016 e regido pela Resolução FNDE nº 5/2016. Antes de ele existir, havia o programa “Mais Educação” que sofreu cortes em setembro de 2016. Depois disso, ficou para ser lançado o “Novo Mais Educação” que coincidentemente passou por alterações nos investimentos no começo de setembro de 2017 quando as escolas receberam a notícia dos cortes e da redução das atividades extra-curriculares.
O “Novo Mais Educação” possuía atividades nas áreas das artes, um reforço importante na cultura, com aulas de teatro, música, dança, xadrez, matemática, língua portuguesa. Segundo a Coordenadora do Sinte na regional de São Miguel do Oeste/SC, Sandra Denise Zawaski, todas essas atividades eram discutidas em conjunto com os/as educadores/as, momento em que era medida a necessidade dos educandos/as quanto as disciplinas e atividades culturais.
Com os cortes, Sandra detalha que a educação sofre novas e significativas perdas. O repasse que seria feito para os investimentos no programa no mês de agosto vieram de forma reduzida. Oficinas tiveram que ser extintas, mantendo-se algumas aulas de reforço. “O programa tinha como principal objetivo o desenvolvimento integral do ser humano. Sabemos que esses cortes fazem parte de uma conjuntura maior. Quando o governo aprovou a Proposta de Emenda Constitucional que cria um teto para os gastos públicos, a PEC 241 ou PEC 55, já começamos a mensurar as perdas. A educação sempre enfrentou dificuldades e agora o cenário é ainda mais assombroso”, disse ela.
Segundo Sandra, o Sinte repudia mais essa medida do governo e entende que o corte neste programa em específico também resultará na decadência de vários outros programas, inclusive, atingindo outras áreas. “Vemos as dificuldades que o setor da saúde enfrenta e com as demais áreas não será diferente. Além disso, precisamos ficar atentos/as para a votação da reforma da previdência e outras que devem retirar ainda mais direitos. O Sinte segue organizando-se, fazendo formação de base para que os/as educadores/as entendam a necessidade de fazer luta”, finalizou.
Fonte: SINTE Regional SMO.