Além da pena de detenção, a Justiça da França determinou o pagamento de 200 mil euros em multa e também o confisco de 1,84 milhão de euros.
O dinheiro confiscado está em contas na França. Para os magistrados de Paris, o valor é fruto de desvio público e corrupção de Paulo Maluf no Brasil. A decisão desta terça confirma a condenação em primeira instância anunciada em 2015, pela Justiça de Paris.
Na condenação de 2015, a Justiça julgou crimes ocorridos entre os anos de 1996 e 2003. O processo menciona obras do túnel Ayrton Senna e da avenida Água Espraiada, das quais o deputado é acusado de superfaturamento.
Família condenada
A condenação determinada pela Corte de Paris atingiu também a família do deputado. Silvia Maluf, esposa do político, também foi condenada a três anos de prisão, além do pagamento de multa no valor de 100 mil euros.
Por sua vez, Flávio Maluf, filho do deputado, foi condenado a três anos de detenção e pagamento de 200 mil euros de multa.
Os três envolvidos sempre negaram as acusações. Ademais, a defesa da família já avisou toda a imprensa que irá recorrer às condenações.
Por causa dessas condenações, há mandados de prisão contra Maluf e sua família na França. Isso significa que, se ele for até lá, pode ser detido pela polícia e levado diante de um juiz que decidiria se ele continuaria ou não preso até o julgamento do último recurso.
Enquanto isso, no Brasil
Há quase um mês, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o deputado do PP a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão , pelo crime de lavagem de dinheiro. De acordo com a acusação, o parlamentar cometeu desvios em obras quando era prefeito de São Paulo , de 1993 a 1996.
Os ministros entenderam que, como efeitos da condenação, fica determinada a perda do mandato parlamentar e sua interdição para exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza.
A pena imposta a Paulo Maluf inclui ainda 248 dias-multa no valor de cinco vezes o salário mínimo vigente à época dos fatos, aumentado em três vezes.
* Com informações da Agência Ansa.
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Foto: Leonardo Prado/ Câmara dos Deputados
Fonte: Último Segundo – iG