EFE.- Testemunhas do atropelamento cometido ontem (18) em Londres, perto de uma mesquita, descreveram que o suposto autor gritou que iria “matar todos os muçulmanos”. Ele acabou rendido por pessoas que estavam próximas ao templo.
O suposto terrorista, um homem de 48 anos que está sendo interrogado pela Polícia Metropolitana (Met), atropelou fiéis que saíam da mesquita onde rezavam. As informações são da agência de notícias EFE.
No incidente, dez vítimas ficaram feridas e um homem morreu. A Scotland Yard deve ainda estabelecer se essa morte está diretamente vinculada ao atentado, pois aparentemente essa pessoa já recebia auxílio quando o veículo começou a atropelar os pedestres. Segundo declaração de um homem, o suspeito começou a gritar “vou matar todos os muçulmanos” antes de ser imobilizado.
Essa testemunha, Abdulrahman Saleh Alamoudi, indicou que estava junto com um grupo de fiéis que acabava de terminar de rezar e que, nesse momento, ajudava um idoso que “tinha caído”, talvez por causa do calor, quando a caminhonete do agressor se dirigiu a eles.
Dez pessoas sofreram ferimentos
“Esta caminhonete veio para cima da gente. Acredito que pelo menos dez pessoas ficaram feridas e, por sorte, eu consegui escapar”, afirmou. “Então, o homem saiu da caminhonete e o agarrei. Estava gritando: Vou matar todos os muçulmanos, vou matar todos os muçulmanos. Ao mesmo tempo, ele ia dando murros”, relatou. Quando conseguiram imobilizá-lo, segundo a versão, o homem pediu que o “matassem”.
Outra testemunha, Abdikadar Warfa, contou como ele ajudou a deter o suspeito enquanto seus amigos socorriam novas vítimas que ficaram feridas. “Vi um homem sob a caminhonete. Ele estava sangrando e meu amigo me disse que era preciso levantar o veículo. Eu estava ocupado com o homem que tinha tentado escapar”, disse.
Por sua vez, Salah Alamoudi apontou que as pessoas que contribuíram para deter o agressor esperaram “meia hora” até a chegada dos agentes e que o terrorista “era um tipo forte, um homem grande”.
Um morador do bairro de Finsbury Park, Abdul Abdullahi, que passou pela mesquita, relatou “uma sensação de confusão” e disse que viu “gente jogada no chão” enquanto o agressor “parecia indiferente”.
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