O pesadelo Michel Temer pode começar a terminar na noite desta terça-feira, com o início do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral, em que o relator Herman Benjamin deve propor a sua cassação.
Com isso, pode chegar ao fim o capítulo mais vergonhoso da história do Brasil, que foi o golpe dos políticos corruptos contra uma presidente legítima e honesta, chamada Dilma Rousseff.
Aprovado por apenas 3% dos brasileiros (confira aqui a mais recente pesquisa), Temer conquistou o poder por meio de uma articulação do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), o derrotado nas eleições presidenciais de 2014 que se tornou investigado por corrupção e que entrou com a ação no TSE “só para encher o saco”, e pelo seu parceiro e ex-deputado Eduardo Cunha, hoje condenado a mais de 15 anos de prisão.
Como resultado da articulação golpista, a economia afundou, o Brasil perdeu toda a credibilidade internacional e a destruição de empregos foi a maior de todos os tempos.
Nos últimos dias, atingido por escândalos, Temer perdeu o apoio até de forças que apoiaram o golpe, como Globo e Folha, e seu destino está nas mãos da Justiça, não apenas a eleitoral.
No domingo, em editoriais, Globo e Folha defenderam a cassação de Temer (leia aqui e aqui). Empresários, como o bilionário Guilherme Paulus, afirmaram que ele se tornou um problema para a economia e pregaram sua renúncia (leia aqui). Nove de seus ministros são investigados e, mesmo que escape no TSE, Temer será o primeiro ocupante da presidência da República investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial.
Nesta terça, termina também o prazo para que ele responda as 84 questões formuladas pela Polícia Federal no inquérito sobre as delações da JBS. Hoje, a única preocupação do governo brasileiro é promover a defesa de quem conquistou o poder de forma ilegítima. No Brasil pós-golpe, tanto a Ordem dos Advogados do Brasil como o Conselho Federal de Economia defendem a saída de Temer.
Fonte: Brasil 247.