O escritório do ministro Sepúlveda Pertence, aposentado do Supremo Tribunal Federal e hoje advogado, deixou a defesa de Joesley Batista, dono da JBS e do Grupo J&F. Ele representava o empresário em diversos processos criminais, especialmente relacionados à operação greenfield, que investiga fraudes em contratos com fundos de pensão de funcionários de estatais.
Segundo Evandro Pertence, sócio do escritório, houve “inquestionável quebra da confiança indispensável entre cliente e advogado”. “Fomos surpreendidos com absolutamente tudo o que a imprensa divulgou esta semana sobre as atividades subterrâneas de Joesley e cia., das quais nunca nos fora dada qualquer notícia”, disse, neste domingo (21/5).
A desistência foi protocolada na Justiça Federal na quinta-feira (18/5), um dia depois de o jornal O Globo ter divulgado trechos da delação premiada de Joesley.
Além da greenfield, o escritório do ministro Pertence também acompanhava inquéritos relacionados às operações sépsis e cui bono. Ambas são desdobramentos da operação “lava jato”. A primeira investiga fraudes ligadas ao Fundo de Loterias, da Caixa Econômica Federal. A última, fraudes em contratos de empréstimo com a Caixa.
Revista Consultor Jurídico, 21 de maio de 2017, 17h09