Por Wálter Fanganiello Maierovitch.
No sábado passado, houve uma violenta explosão na base militar dos pasdaran (guarda revolucionária) localizada em Bigdaneh, a oeste da capital Teerã.
Em razão da explosão, morreu o general Hassan Moghaddam, responsável pelo programa iraniano de mísseis, incluídos os que, segundo Israel, EUA e Grã-Bretanha, terão testadas atômicas. Outros 16 militares também faleceram com a explosão.
O governo do presidente Marmoud Ahmadinejad suspeita de sabotagem. E a revista Time, que está nas bancas, sustenta tratar-se de sabotagem comandada pelo Mossad, serviço secreto de Israel.
Além da explosão na base de mísseis em área sob controle dos pasdaran, uma cyber-sabotagem restou imposta ao sistema informático dos centros nucleares iranianos, cujo governo sustenta que operam programas com finalidade pacífica. Dois vírus, Stuxnet e Duqu, espalharam-se e danificaram diversos programas e comandos de redes telemáticas de dados.
Por outro lado, e para aumentar o clima de tensão, três conhecidos cientistas iranianos foram há pouco assassinados. Todos eles pelo mesmo “modus operandi”, ou seja, por um grupo armado que usava motocicletas e capuzes. As causas ainda são desconhecidas.
Pano rápido. Enquanto a diplomacia se movimenta em busca de soluções sobre o programa nuclear iraniano, em especial junto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, Israel ameaça com ações militares pontuais. EUA e Grã-Bretanha não descartam as ações, mas frisam que esperam por outras saídas e estas pacíficas.
Crédito da foto: AFP/ LOUAI BESHARA