A classe trabalhadora brasileira enfrenta um dos piores momentos da sua história, sendo obrigada a conviver com a constante ameaça de supressão de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários conquistados após décadas de mobilizações, sacrifícios e até mesmo morte daqueles que lutaram para que estes direitos fossem reconhecidos em nosso País.
As propostas de contrarreforma da previdência social, de supremacia do negociado sobre o legislado, e de profundas mudanças na CLT, deixam clara a intenção das elites nacionais de fazer retornar as condições salariais e de trabalho da classe trabalhadora brasileira aos patamares do início do Século XX, impondo-lhes um retrocesso social sem precedentes, cuja finalidade precípua é a obtenção de lucros ainda maiores do que aqueles que estes setores já vêm auferindo há décadas, seja em decorrência da exploração da força de trabalho, seja se apropriando privadamente do Estado e da coisa pública, como os acontecimentos recentes têm demonstrado.
Para aprovar semelhantes medidas estas elites – aí incluídos os donos das grandes empreiteiras, os proprietários dos grandes grupos industriais, os “tubarões” do sistema financeiro, e as poucas famílias que controlam os meios de comunicação e monopolizam a terra –, contam com um Congresso Nacional cuja imensa maioria dos seus integrantes viu ser desnudada sua antiga e histórica relação promíscua e corrupta com o poder econômico, capaz de levar a absurdas situações como a aprovação de leis em troca de vantagens financeiras de toda ordem.
Contam também, além disso, com um Presidente da República que não consegue mais esconder sua ativa participação nas escusas articulações havidas entre o Congresso Nacional e o poder econômico, há cerca de um ano, destinadas a colocá-lo à frente do Poder Executivo exatamente para promover o ataque aos direitos sociais dos trabalhadores brasileiros, ao tempo em que se vê envolvido nas “delações premiadas” que o colocam no centro do esquema ilegal de financiamento de campanhas eleitorais, que agora está vindo à tona.
Como se percebe facilmente, tanto o Poder Legislativo quanto o Executivo se mostram completamente desprovidos da moralidade e da legitimidade indispensáveis à propositura e à apreciação de matérias tão caras ao povo brasileiro, como são os direitos trabalhistas e previdenciários, o que configura um quadro político dos mais graves, a exigir de cada um de nós um claro posicionamento e uma firme atuação em defesa destes direitos e da sua ampliação.
É neste sentido que o Escritório SLPG Advogados, comprometido com as lutas da classe trabalhadora brasileira, vem a público manifestar sua adesão à Greve Geral marcada para 28 de abril, comunicando que não abrirá suas portas, mantendo apenas um plantão destinado exclusivamente a apoiar as entidades sindicais e associativas às quais prestamos assessoria, na hipótese de problemas decorrentes da mobilização em questão.
A luta é agora!
Fonte: SLPG Advogados Associados