Mesmo antes do começo da assembleia, marcada para às 8h30, a diretoria do Sintram-SJ foi surpreendida com um ofício emitido pela prefeita Adeliana. Numa tentativa de enfraquecer o movimento grevista, o ofício emitido tratava da proposta de remeter as duas leis (5552/16 e 5553/16) novamente para a votação, com a promessa de que seria redigida com o texto original das leis revogadas.
Além dessa tentativa de enfraquecer a greve marcada para iniciar hoje, 27 de março, na mesma proposta havia a cláusula do limite prudencial, o qual permite que a prefeitura não cumprir os pagamentos referentes às leis 5552/16 e 5553/16, caso estas ferissem a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ou seja, com a folha de pagamento do serviço público comprometendo, nos dados atuais, 52.7% do orçamento, esses pagamentos referentes às leis que foram revogadas seriam suspensas de qualquer maneira.
Durante a assembleia, que contou com mais de 800 servidores, muitos deles na parte externa do auditório, a diretoria do Sintram-SJ esclareceu que essa proposta era uma jogada da prefeita Adeliana e que o servidores não poderiam retroceder. Ao final, o não à proposta foi unânime e os servidores decidiram por continuar com a greve até que a prefeitura voltasse atrás.
Durante as falas, a diretora de políticas sindicais e imprensa do Sintram -SJ Jumeri Zanetti reforçou que “essa greve é uma greve de todos” ao dizer que hoje a prefeita retirou direito dos educadores de São José, mas amanhã ela pode retirar de todos os servidores municipais.
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Fonte: SintramSJ.