Servidores jaraguaenses mantém a greve por tempo indeterminado

Por Sérgio Homrich.

Aos gritos de “é greve, é greve”, os mais de 2.300 servidores presentes à Assembleia Geral realizada na tarde de hoje (10), no ginásio da Associação Recreativa dos Servidores Públicos Municipais (Arsepum) decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado, até que o prefeito Antídio Lunelli retire da Câmara de Vereadores o seu pacote de maldades contra os direitos de toda a categoria. Pelo contrário, pouco antes da votação massiva, o presidente do Sindicato dos Servidores (Sinsep), Luiz Cezar Schorner, leu o documento enviado pelo prefeito, naquele momento, insistindo na “impossibilidade de alteração na pauta proposta”. Se a greve continua, “a culpa é do prefeito”, gritaram os manifestantes. Dirigentes de todos os Sindicatos de Trabalhadores de Jaraguá do Sul e Região estiveram na Assembleia para prestar solidariedade aos servidores em greve.

Foco, força e fé. Estas foram as palavras das lideranças do movimento, além de severas críticas ao autoritarismo do prefeito Antídio Lunelli e à Associação Comercial e Industrial de Jaraguá do Sul que pressiona os vereadores para que votem favoráveis ao pacote de maldades. Ao final da Assembleia, os servidores aprovaram a agenda de mobilizações para a próxima semana. A assessora jurídica do Sinsep, advogada Simone Mohr, esclareceu aos servidores sobre o pedido de ilegalidade da greve impetrado no Tribunal de Justiça, em caráter liminar, pela administração Antídio Lunelli/Udo Wagner. A advogada lembrou que “todos os prazos e publicações foram cumpridos pelo Sindicato”. Ainda na tarde de hoje, a assessoria jurídica do  Sinsep peticionou um processo no Tribunal de Justiça contestando as alegações da administração municipal.

Audiência sem sucesso

A resposta negativa do prefeito aos servidores já era esperada. Na manhã de hoje, Antídio Lunelli havia concedido a primeira audiência ao Sinsep e ao comando de greve, desde o início da paralisação, no dia 6 de março, apenas para dizer que “vai aguardar a resposta final dos vereadores sobre os projetos”. O presidente do Sinsep lembrou que ninguém está satisfeito com o que vem acontecendo no município, mas reforçou que, “enquanto o pacote de medidas não for retirado da Câmara de Vereadores, o povo não vai suspender a greve”.

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Pela manhã, o Sinsep e o comando de greve tiveram audiência com o prefeito e assessores, sem sucesso.

 

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