Depois de assinar o Acordo de Paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo), o governo colombiano inicia a fase pública de diálogo com o ELN (Exército de Libertação Nacional), outro grupo de guerrilha do país que também está disposto a trabalhar para dar fim aos mais de 50 anos de guerra. A fase pública de negociações começa nesta terça-feira (7) em Quito, no Equador.
A mesa de diálogo será instalada em uma propriedade da Pontifícia Universidade Católica do Equador, na região Sul de Quito. Tanto os diálogos com as Farc, quanto agora, com o ELN são realizados em países considerados “territórios neutros”, no primeiro caso, aconteceram em Havana, Cuba.
A princípio, a agenda de debates conta com seis pontos: Participação da sociedade na construção da paz, Democracia para a Paz, Transformações para a paz, Vítimas, Fim do Conflito e Implementação do acordo.
De acordo com um representante do comitê para a mesa sobre a Participação da sociedade, Olimpo Cárdenas, de imediato serão apresentadas quatro propostas que devem ser debatidas ao longo da negociação. “Em todas as etapas deem estar envolvidos a sociedade, os empresários, os setores sociais, o governo e todos nós que fazemos parte e queremos paz na Colômbia”, afirmou.
O acordo de paz com as Farc levou cerca de 5 anos para ser estabelecido e em dezembro do ano passado começou a ser implementado na Colômbia. Os guerrilheiros das Farc se encaminham, neste momento, para as chamadas Zonas de Transição, onde deixarão as armas e passarão por um período de adaptação à vida civil, tudo sob a fiscalização de voluntários internacionais da ONU.
Diferente das negociações com as Farc, a mesa de diálogos com o ELN é mais urgente. A expectativa é encerrar os trabalhos ainda este ano porque em 2018 acontecem as eleições presidenciais da Colômbia e não há como prever as intenções dos candidatos sobre o processo de paz no país.
Fonte: Portal Vermelho.