Bloqueio estadunidense a Cuba, o maior da história, completa 55 anos

Anunciado como o mais longo da história da humanidade, o bloqueio afeta todas as formas de desenvolvimento do povo cubano e é uma flagrante, maciça e sistemática violação dos seus direitos humanos. Em 03 de fevereiro de 1962, o então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy assinou o 3447 Presidential Executive Order, implantando formalmente o bloqueio econômico, comercial e financeiro a Cuba.

Anunciado como o mais longo da história da humanidade, o bloqueio afeta todas as formas de desenvolvimento do país caribenho. Constitui uma flagrante, massiva e sistemática violação dos direitos humanos do povo cubano e é rejeitado no mundo.

Bloqueio afeta a todos

Apesar do restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, os efeitos do embargo financeiro, econômico e comercial impostas desde 1962 persistem. Os danos humanos que o bloqueio causou são incontáveis, e a sua duração ao longo do tempo tem se tornado insustentável.

Estas são algumas das restrições que ainda sofre a ilha por causa do bloqueio:

– Cuba não pode exportar ou importar alimentos livremente dos Estados Unidos. Desde 2000, as restrições nesta área têm sido acentuadas.

– A proposta do presidente dos EUA, Barack Obama, sobre o uso do dólar nas transações internacionais de Cuba ainda não se materializaram.

– Para obter permissão para fazer compra, os cubanos são obrigados a pagar em dinheiro com antecedência através de bancos de outros países em outras moedas, o que torna o procedimento mais difícil.

– Os investimentos de empresas norte-americanas em Cuba continuam proibidos, o que limita o crescimento do setor de negócios nos EUA e prejudica o cubano.

– Importações de remédios são condicionados, desde 1992, pela lei dos Estados Unidos. Cuba deve levar em conta o destinatário final dos medicamentos comprados e não pode fazer pagamentos diretamente, mas através de terceiros e, em outra moeda que não o dólar, o que implica dificuldades, atrasos e custos adicionais.

– Os pacientes com câncer em Cuba sofrem escassez de equipamentos médicos que são vendidos nos Estados Unidos, e as empresas dos EUA estão proibidas de prestar esses suprimentos para hospitais e institutos cubanos. No entanto, a 21 de outubro de 2016, Cuba e os Estados Unidos assinaram um memorando de entendimento para a cooperação no controle do câncer.

– A proibição de viajar para a ilha é mantida para o povo estadunidense, apesar de dez companhias aéreas americanas terem conseguido permissão para operar voos. Obama relaxou as restrições para visitas de familiares, funcionários do governo, jornalistas, estudantes e voluntários de projetos sociais e humanitários, mas o turismo a Cuba continua proibido.

O bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba deve ser encerrado

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Cuba mantém sua posição de que, para normalizar plenamente as relações bilaterais, um conjunto de medidas deve ser tomado pelo Governo dos EUA, incluindo o fim da política criminosa de bloqueio financeiro, econômico e comercial à ilha. Durante a administração de Obama, várias medidas mudaram a aplicação de alguns aspectos do bloqueio. Mas as medidas tomadas até ainda são insuficientes. As leis do bloqueio, em geral, permanecem em vigor e impedem até mesmo a implementação de medidas já adotadas.

Fonte: Controvérsia. 

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