O comediante e dirigente político lançou a iniciativa em um artigo publicado na véspera em seu blog pessoal, no qual reitera as críticas contra quem, em dias recentes, se pronunciaram a favor de um maior controle sobre os conteúdos falsos difundidos em Internet.
‘Os jornais e os tele noticiários são os primeiros fabricantes de notícias falsas no país com o objetivo de manter no poder aqueles que eles querem. São suas notícias as que devem ser controladas’, assinala o texto.
Proponho -indica- não um tribunal governamental, senão um júri popular que determine a veracidade das notícias publicadas pelos meios. Cidadãos escolhidos à sorte a quem se submeta os artigos dos jornais e os serviços dos tele noticiários.
Faz mal em uns dias, Grillo fustigou duramente ao presidente da entidade Antitrust (Autoridade de garantia da participação e do mercado), Giovanni Pitruzella, que em uma entrevista com o Financial Times se pronunciou a favor da criação de uma rede de agências públicas dos países membros da União Européia, para enfrentar a publicação de conteúdos falsos no site.
A proposta do líder do M5E foi recusada pela Federação Nacional da Imprensa Italiana, que a qualificou de uma tentativa de linchamento midiático generalizado, e o senador do dirigente Partido Democrático, Stefano Esposito, que através de sua conta em uma das redes sociais acusou Grillo de estar perdendo a cabeça.
Por sua vez, o jornalista e diretor do Tele Noticiário A7, Enrico Mentana, anunciou que se discutirá contra o dirigente político diante dos tribunais de justiça, porque ‘fabricantes de notícias falsas é uma ofensa irreparável a todos os trabalhadores das tele noticias que dirijo e que tenho a responsabilidade diante da lei’.
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