Pense num deputado que, eleito e assumindo representatividade em Brasília, atua no parlamento para conter seu ímpeto masturbatório! Pensou? Ele existe. Marcelo Aguiar, deputado federal pelo DEM de São Paulo. Ele é contrário a você mexer com seu órgão sexual para obter dele prazer. E, além disso, quer impedir que recorra a eventuais estímulos disponíveis nas mídias virtuais. Deu para entender?
Assim, Marcelo Aguiar, o cara que quer cuidar do seu órgão sexual tanto quanto você mesmo, resolveu brigar contra operadoras telefônicas. Quer, por exemplo, que criem uma maneira de vetar “conteúdos de sexo virtual, prostituição e sites pornográficos”.
Cantor romântico, Aguiar justificou seu apego (opa!) ao prazer alheio. Disse que seu projeto tenta defender as pessoas viciadas em conteúdo pornô e na masturbação.
Eis parte de sua apresentação.
“Estudos atualizados informam um aumento no número de viciados em conteúdo pornô e na masturbação devido ao fácil acesso pela internet e à privacidade que celular e o tablet proporcionam.
Os jovens são mais suscetíveis a desenvolver dependência e já estão sendo chamados de autossexuais – pessoas para quem o prazer com sexo solitário é maior do que o proporcionado, pelo método, digamos, tradicional.”
Sobre sexo e masturbação adolescente
Quem tem 70 anos sabe: havia, na adolescência, a troca de figurinhas, gravuras, calendários, onde mulheres posavam semi-nuas em poses eróticas. Era a graça da juventude pós Segunda-Guerra e a iniciação ao universo sexual.
Anos 70, com o surgimento das revistas eróticas que comandaram a festa da garotada até os anos 80, os meninos também davam o seu jeito de tornar a intimidade mais criativa.
Imaginar que a suspensão de imagens eróticas hoje virtuais cheguem aos adolescentes é o mesmo que querer impedir o pensamento. O deputado certamente teria temas melhores para justificar seu mandato.
—
Fonte: Conexão Jornalismo.