As autoridades de Israel empreenderam entre a segunda (2) e a terça-feira (3), em Jerusalém e na Cisjordânia, as primeiras demolições do ano de edificações e casas palestinas, o que provocou o desalojamento de pelo menos 86 pessoas, informaram fontes humanitárias.
Na segunda-feira foram derrubadas 12 edificações nas comunidades de Bir Al Maskub e Wadi Sneysel.
Bir Al Maskub é o precário lar da tribo beduína Yahalin e da família Bseis e acolhe umas trinta famílias (cerca de 250 residentes).
Em Wadi Sneysel moram apenas seis famílias (umas trinta pessoas), também dos beduínos Yahalin e a família Salamat, segundo a ONG israelense Bimkom.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) informou em sua conta na rede social Twitter sobre novas demolições na localidade palestina de Jirbet Tana, no norte da Cisjordânia e no leste de Nablus.
Segundo o OCHA, 2016 foi o ano com maior número de demolições israelenses nos territórios ocupados nos últimos sete exercícios, com 1.089 derrubadas de propriedades palestinas que provocaram, ao menos, 1.593 desalojados e afetaram os meios de subsistência de 7.101 pessoas.
“Estes são os dados mais altos de demolições e desalojamentos na Cisjordânia desde que o OCHA começou a registrá-las em 2009”, segundo um comunicado do próprio Escritório da ONU.
A maioria das estruturas foi destruída ou confiscada por carecer de permissões israelenses para sua construção que, segundo a ONU, são em muitos casos praticamente impossíveis de conseguir.
Consultada pela imprensa, a Prefeitura de Jerusalém não facilitou em tempo hábil a informação sobre as demolições na cidade.
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Fonte: Cubadebate e Resistência.