Ontem (7), tarde da noite, foi aprovado na Câmara dos Deputados o texto base da Medida Provisória da reforma do ensino médio. Mais uma medida, capitaneada pelo Governo Federal, votada a toque de caixa.
Muito pouco se sabe sobre uma Reforma que vai atingir mais de 8 milhões de estudantes no país e que está propondo a divisão curricular em 600 horas anuais de conteúdo comum e 400 de assuntos específicos, escolhendo entre as áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica.
Não vamos abordar aqui os detalhes do texto aprovado ontem, pois como todas as mudanças estruturais propostas pelo Executivo, essa também não foi discutida com a sociedade e nem tão pouco passou pelo crivo das urnas.
A questão é, por que tanta pressa?
De quem é essa urgência que atropela as organizações de classe, a sociedade civil organizada e os demais setores que vem discutindo os temas tocantes ao desenvolvimento do país?
O povo brasileiro vem sendo bombardeado diuturnamente por ações e medidas verticais que colocam as pessoas em posição de imobilismo diante de tanta informação e mudanças.
De qualquer forma, algumas questões podem ser feitas mesmo sem termos profundo conhecimento dos impactos da proposta:
- Como será feita essa mudança?
- Como a proposta respeita as características regionais para ser posta em prática?
- Os estados estão preparados para essa mudança diante da crise econômica e política?
- Por que os estudantes foram reprimidos e não ouvidos?
Essas são algumas das questões que urgem serem respondidas. Outras virão.
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Foto: Foto: Lucio Bernardo Jr./ Câmara dos Deputados
Fonte: Alerta Social.