Primeiramente, Fora Temer urgente!
Nós, estudantes de geografia da Universidade Federal de Santa Maria, ocupamos o Prédio 17 nesta terça-feira, 08 de novembro, ocupação essa, deliberada após aprovação de greve estudantil, por ampla maioria de votos em Assembleia Geral das/os estudantes de Geografia. Tais manifestações são contrárias ao projeto neoliberal que vem sendo imposto em nosso país. Somos contrários a PEC 241 (agora 55 no senado), que visa congelar os recursos voltados a educação e saúde pelos próximos 20 anos, recursos estes que são direitos sociais de toda população e não permitiremos que sejam cortados ou reduzido, nossa luta é pela garantia de uma universidade pública, de qualidade e que forneça sempre melhores condições de ensino, permanência, pesquisa e extensão.
A aprovação da PEC 55 faz com que a garantia dos 7,1% do orçamento geral da união, que hoje é voltado para educação e saúde, sejam congelados pelos próximos 20 anos, com isso, a verba destinada ao pagamento dos juros da dívida externa, por exemplo, que hoje são cerca de 47,4% dos recursos totais da União, sejam mantidos e ampliados, assim, enquanto a educação e saúde sofrem retrocessos e desmontes, banqueiros e grandes empresários vão seguir ganhando fortunas e as classes menos favorecidas de nosso país seguirão sendo exploradas e tendo seus direitos cortados, assim como o direito a greve, recentemente cortado pelo desgoverno do golpista Michel Temer. Esse projeto neoliberal faz também com que outras medidas que visam a ampliação de recursos para educação e saúde não entrem em vigor, como os 10% do PIB para educação, que já havia sido aprovado e deveria ser estabelecido nos próximos anos.
Nós, estudantes de geografia, como futuros profissionais docentes, repudiamos a Medida Provisória (MP 746) que impõe uma mudança profunda no Ensino Médio, de forma autoritária e irresponsável. Entendemos que esse projeto é mais uma medida que não dialoga com as/os estudantes e professores, assim como, não atende às necessidades das escolas brasileiras, desvaloriza o pensamento crítico com a retirada de disciplinas essenciais para a formação básica estudantil. Assim, lutamos pela construção de um ensino mais representativo e atrativo aos estudantes.
Nos colocamos em defesa da classe trabalhadora, repudiando a proposta de reforma trabalhista que também tramita pelo Palácio do Planalto que prevê a flexibilização de direitos assegurados no artigo 7º da Constituição Federal. Colocando em jogo: jornada de trabalho (oito horas diárias e 44 semanais), jornada de seis horas para trabalho ininterrupto; banco de horas; redução de salário; participação nos lucros; 13º salário; diversos outros direitos que foram regulamentados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); entre outras coisas.
Queremos deixar evidente aqui também, nosso repúdio a gestão Libertas do Diretório Central dos Estudantes – DCE UFSM, que vem buscando com todas as forças desmobilizar as mobilizações estudantis, deixando de convocar os Conselhos de Entidades de Base e Assembleias, e sem seguir as deliberações destes espaços. E se já não bastasse, membros da gestão criaram a página “Desocupa UFSM”, a fim de mobilizar estudantes a favor de cortes de verbas e congelamento de investimentos para saúde e educação, além de colocar estudantes contra estudantes e contra as outras categorias e assim acabando por expor estudantes de forma irresponsável e imoral.
A UFSM, assim como as demais instituições públicas do país terão diversos recursos cortados, paralisando a construção de novos blocos das Casas de Estudantes, ampliação e construção de Restaurantes Universitários, obras em prédios e laboratórios serão paralisados. Por esses motivos, não é à toa que a PEC 55 é chamada de PEC do Fim do Mundo. Convocamos a todas e todos a se somarem a essa luta, pela garantia de uma universidade pública e de qualidade, não apenas neste semestre, mas para todas as gerações futuras! Viva as ocupações! Vivam as/os ocupantes!
OCUPAR E RESISTIR!
GEOGRAFIA DE LUTA! ESTUDANTES NA LUTA!
GREVE GERAL PARA BARRAR ESSA PEC NEOLIBERAL!