Por Elaine Tavares.
O clipe Extermínio Sutil, com a Banda Coisa de Índio, estará na Bienal do Cinema Indígena, que acontece agora em outubro, na cidade de São Paulo. O trabalho foi realizado durante o III Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas que aconteceu em Florianópolis no ano passado. O grupo Coisa de Índio é formado por músicos indígenas que vivem na Bahia e que já tem uma caminhada na música, levando a mensagem dos povos originários.
O projeto Aldeia SP – Bienal de Cinema Indígena realiza esse ano sua segunda edição reunindo produções cinematográficas realizadas exclusivamentes por índios. A abertura será no dia 7 de outubro, às 16h, no Centro Cultural São Paulo (CCSP), com a participação de um coral de crianças guarani, manifestações artísticas indígenas e roda de conversa com o líder indígena e idealizador da mostra, Ailton Krenak, o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, o documentarista Vincent Carelli e o ambientalista João Augusto Fortes.
O festival acontece de 7 a 12 de outubro – dia de lembrança e protesto pela invasão de Abya Yala. Serão exibidos 57 filmes, sendo que a sessão de abertura será com o filme colombiano “O Abraço da Serpente” (2015), de Ciro Guerra.
A produção do IELA foi realizada dentro do projeto Indígena Digital, coordenado pela professora Beatriz Paiva.
Extermínio Sutil
Santa Catarina, Povos Indígenas Baianos, 2016, 4’30”
Imagens: Karai Mariano, Marlon Moreira, Rodrigo Arajeju, Elaine Tavares e Rubens Lopes.
Edição: Rubens Lopes.
Produção: Cristiano Mariotto.
O grupo musical Coisa de Índio foi criado por sete estudantes indígenas baianos: Andeson Cleomar, Edivan Fulni-ô, Emanuel Santana, Jonas Tuxá, Daniel Luan, Douglas Gomes e Daniel Pakararé. Suas músicas têm letras que falam da luta e da cultura dos povos originários. A equipe do Instituto de Estudos Latino-americanos (IELA/UFSC) editou o primeiro clipe da banda.