Caminhos para a Sustentabilidade a partir das concepções de G. Tyler Miller Jr.

Por Elissandro dos Santos Santana1 , Denys Henrique Rodrigues Câmara2, Heron Duarte de Almeida3, Rosana dos Santos Santana4.

No capítulo “Problemas ambientais, suas causas e a Sustentabilidade”, do livro Ciência Ambiental, G. Tyler Miller Jr., para explicar os déficits ambientais, suas causas geradoras e caminhos para atingir a Sustentabilidade, por meio de um Estudo de Caso, discorre sobre a Era Exponencial na qual o sistema mundo vive.

Segundo o referido autor, o crescimento exponencial é enganoso, pois começa devagar, mas, após duplicar apenas algumas vezes, aumenta para números gigantescos, pois cada duplicação é maior do que o total de todo o crescimento anterior.

Ele afirma que entre os anos de 1950 e 2005, o número de habitantes do planeta cresceu de 2,5 bilhões para 6,5 bilhões e que se o crescimento populacional seguir essa linha, a Terra, até o fim deste século, alcançará entre 8 e 10 bilhões de pessoas. Que o mundo divide-se entre os que têm e os que não têm e que, apesar do crescimento econômico ter se multiplicado por 8 entre os anos de 1950 e 2005, praticamente, um em cada dois trabalhadores tenta sobreviver com renda inferior a 2 dólares dia. Para prosseguir a discussão, pontua que essa pobreza afeta a qualidade ambiental, pois para sobreviverem, muitos pobres exaurem e degradam as florestas, os campos, os solos e a vida selvagem.

Analisando-se o que afirma o autor, anteriormente, é oportuno colocar que essa situação de degradação deve ser atacada na base, nas causas geradoras da febre ambiental, pois a pobreza é fruto de anos de exploração pelos donos do capital que interferem nos sistemas de produção, educação, de crenças, ou seja, nos aportes culturais produtivos das sociedades. Mais importante que visualizar a degradação provocada pela pobreza, é analisar como os ricos destroem o planeta e provocam as injustiças sociais.

O fato é que, conforme apresenta G. Tyler Miller Jr., biólogos estimam que as atividades humanas provoquem a extinção prematura das espécies terrestres, à taxa exponencial de 0,1% a 1,0% ao ano, uma perda irreversível da grande variedade de formas de vida, ou biodiversidade da Terra. Em diversas partes do mundo, florestas, campos, áreas úmidas, recifes de corais e superfície do solo de plantações continuam a desaparecer ou são degradas conforme a pegada ecológica humana se espalha exponencialmente por todo o globo.

Ainda, conforme pontua o pesquisador, o crescimento exponencial gera preocupações, pois, com ele, há o risco de que o referido crescimento com atividades ligadas à queima de combustíveis fósseis e desmatamento de áreas florestais naturais mude a climatologia da Terra neste e nos próximos séculos.

Para o autor que dá sustentação à discussão que se faz aqui, há soluções que poderiam ser implantadas para práticas sustentáveis nas relações de produção na Terra.

No tocante às soluções que podem ser implantadas, à luz da complexidade do século XXI, acreditamos que já não é hora de pensar em ações simplistas, mas, no capítulo em baila, realmente, os autores apresentam alternativas viáveis para sanar alguns déficits ambientais provocados a partir dessa arquitetura insustentável na matriz de produção do mundo hodierno.

Abaixo, aparece a curva em J, que G. Tyler Miller Jr. utiliza para explicar o crescimento exponencial.

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O leitor, ao se deparar com as explicações do autor sobre o crescimento exponencial como algo enganoso, tem a oportunidade de refletir sobre questões como:

  • A vida e a economia do planeta dependem da energia do sol e dos recursos e serviços naturais da Terra;

  • O mundo está ancorado em um modus operandi não sustentável de produção;

  • Os principais vetores e causas dos déficits ambientais são: crescimento populacional, desperdício no uso de recursos, pobreza, não valorização do capital natural e ignorância em relação à forma como o planeta funciona;

  • Há um período curto para a transição de uma lógica de produção insustentável para uma arquitetura sustentável de gerir os recursos da Mãe-Terra.

É possível viver de forma sustentável e, para tanto, mais que nunca, é preciso compreender que a sustentabilidade é a capacidade dos diversos sistemas da terra, incluindo as economias e sistemas culturais humanos, de sobreviverem e se adaptarem às condições ambientais em mudança.

Para G. Tyler Miller Jr., para se alcançar a sustentabilidade, faz-se necessário atingir as seguintes etapas:

  1. Conservação do capital natural da Terra

  2. Reconhecer que muitas atividades humanas degradam o capital natural

Para a compreensão dessas etapas, é importante saber quais são os caminhos e soluções para atingir a sustentabilidade e a figura abaixo, apresentada pelos autores na obra Ciência Ambiental, explica, de forma objetiva, o percurso.

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Ademais, é necessário conhecer o que o capital natural proporciona à humanidade e a figura abaixo, apresentada pelos dois teóricos, dão conta de explicar o processo.

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Segundo o autor, a sustentabilidade implica em dizer que a humanidade precisa sobreviver com a renda biológica sem exaurir ou degradar o capital natural que a fornece. Para eles, uma sociedade sustentável atende às necessidades básicas de recursos da sociedade, mas isso é feito sem degradar ou exaurir o capital natural fornecedor dos recursos.

Referência bibliográfica

MILLER, Jr. TYLER, G. Ciência Ambiental. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

1 Especialista em sustentabilidade, desenvolvimento e gestão de projetos sociais, especialista em gestão educacional, especialista em linguística e ensino de línguas, especialista em metodologia de ensino de língua espanhola, licenciado em letras, habilitado em línguas estrangeiras modernas, espanhol e membro editorial da Revista Letrando, ISSN 2317-0735.

Contato: [email protected]

2 Especialista em educação de jovens e adultos; especialista em língua portuguesa; licenciado em letras, língua materna e língua inglesa pela Universidade Federal da Bahia. Professor de inglês da Secretaria Estadual de Educação do Estado da Bahia.

Contato: [email protected]

3 Licenciado em história e especialista em história do Brasil

Contato: [email protected]

4Graduanda do Bacharelado Interdisciplinar em Artes da Universidade Federal do Sul da Bahia.

Contato: [email protected]

Fonte: EcoDebate.

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