A luta continua: Famílias desocupam Floresta Nacional em SC mas não desistem da área

Por Claudia Weinman, para Desacato. info. 

Terça-feira, dia 28, as famílias que ocupavam a área da Floresta Nacional entre os municípios de Guatambú e Chapecó-SC, desocuparam o local, seguindo um acordo realizado junto a Justiça. Segundo a Militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Camila Munarini, a ação não simboliza um desligamento daquele território. Segundo ela, a luta pela terra na Floresta Nacional vai continuar.

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Famílias Sem Terra vão se juntando a Camponeses de Guatambú-SC.

Enquanto aguardam a tramitação deste processo na Justiça, Camila salienta que as famílias foram acolhidas por camponeses, em outra área no município de Guatambú. Ela reforça que muitos agricultores do município tem apoiado a causa e desejam que o acampamento Marcelino Chiarello continue na área da Floresta Nacional.

A Militante informa ainda que as famílias estarão retornando para a área da Floresta Nacional para plantar árvores e realizar almoços coletivos. “Nosso foco neste momento é transformar a área de Pinus em área de Reforma Agrária. Enquanto isso, nós vamos plantar nas terras de agricultores e familiares que nos cederem um pedaço de chão”.

“Não desistimos da área, apenas estamos cumprindo um acordo”

Camila é enfática ao dizer que a saída das famílias da Floresta Nacional significa apenas o cumprimento de uma medida junto a Justiça. “Não desistimos da área, apenas estamos cumprindo um acordo”, reforçou.

A Floresta Nacional, ocupada no dia 04 de junho deste ano, é tida como área de preservação pela Justiça. No entanto, segundo o Militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, (MST), Edivaldo Carvalho, a maior extensão da floresta possui plantação de pinos, e não cumpre segundo ele, com a função social. “Já fizemos a denúncia e aguardamos um parecer do Incra que deve reconhecer esta denúncia e tomar as providências”.

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O Sol está brilhando, por entender que existe gente querendo cuidar da mãe terra. Brilham sonhos também, em unidade, que peregrinam por entre o chão destes trabalhadores\as Sem Terra. A luta continua, cada vez mais forte, cada dia mais intensa, até o grande momento, em que todos e todas estarão livres, na terra que pertence aos povos.

Fotos: Camila Munarini. 

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