Lembrando as vítimas do massacre na Pulse, uma conhecida discoteca gay de Orlando, na Florida, Catarina Martins sublinhou que “fala-se muito em ato terrorista”, mas “é preciso ser claro: foi um ato homofóbico, de violência tremenda homofóbica”.
“Por todo o mundo a homofobia continua a matar e Orlando é um caso desses”, acrescentou.
Segundo a porta voz bloquista, se a Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa deste ano “era uma celebração por tudo o que conseguimos em Portugal”, esta marcha “também tem que ser de denúncia da homofobia e de dizermos claramente, sem margem para dúvidas, o que é que se passa: a homofobia matou em Orlando, a homofobia mata em todo o mundo e portanto deve ser denunciada”.
Para Catarina Martins, a marcha LGBT deste ano é também especial porque “era um momento de comemoração” já que, “com a atual maioria, foi possível acabar com todas as leis que tinham na lei uma discriminação pela orientação sexual e portanto Portugal é hoje um país mais decente”.
“Claro que nós sabemos que não basta apenas mudar as leis, há um longo caminho a percorrer pela igualdade de todos e de todas, mas é verdade que este é um ano que Portugal deve comemorar e nós pensamos a marcha assim”, referiu a deputada.
Após o debate quinzenal com o primeiro ministro, a porta-voz bloquista dirigiu-se para a sede nacional do Bloco para participar na sessão de preparação de materiais para a Marcha do Orgulho LGBT, que terá lugar no próximo sábado em Lisboa, e cuja concentração está agendada para o Príncipe Real, pelas 17h.
Os bloquistas participarão na marcha com uma faixa onde se lê “igualdade na lei e na sociedade”, bem como com várias pancartas com frases como “homofobia mata” e “iguais na vida”.
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Fonte: Esquerda.net.