O Toma Lá Vergonha na cara da Patrícia Poeta e a verdadeira Bolsa Família
O Stanley Burburinho é mesmo um sujeito ciente. Bem informado.
Se eu fosse o Ali Kamel (deus me livre e guarde!) contratava o Stanley para orientar os reportes da Globo a não perguntar besteira que não só quebram o verso de poetas como a Patrícia, mas inclusive comprometem a emissora.
Compromete porque ninguém consegue acreditar que a Globo financiou alimentação, estadia e hospedagem de mãe e suposto filho do FHC por duas décadas em países europeus, por mera preocupação social dos Marinho com filhos abandonados por pais presidentes. Ou será para isso o “Criança Esperança”?
No entanto, esse não foi dos maiores descalabros de 4 décadas da história do “toma lá dá cá” da mídia brasileira.
Desde os princípios da ditadura, lá em 1964, e até 2003, não foi por obra de um Walter Clark ou Hanns Donner que se transformou uma emissorazinha da capital e baixada fluminense no maior império empresarial em comunicações do Hemisfério Sul, depois do australiano Murdoch, enquanto o país sofria reseções sobre reseções que multiplicaram desempregos, miséria, inflação, descrédito internacional, desrespeito aos direitos humanos, degradação de valores e costumes, etc., etc., etc…
Depois do Walter Clark, a Globo usou o Bony, depois o Donner e alguns outros nomes para disfarçar o verdadeiro motivo de tão inexplicável progressão do sucesso empresarial da família Marinho em meio a tamanhos fracassos econômicos, políticos e sociais de toda a nação para qual “nóis pois e nóis tirô” presidentes, como declarou o Doutor Roberto Marinho para documentário da BBC.
Agora eles têm o Kamel, mas não dá mais certo porque os Marinhos perderam o verdadeiro esteio e pilar de sustentação de toda a fortuna construída pela família: exatamente o “dá cá” do qual a Presidenta pediu explicações à moça Poeta.
Que Kamel é inapto, os resultados das três últimas campanhas eleitorais da Globo emonstram plenamente e nem é preciso relembrar do idêntico fracasso das campanhas golpistas, mesmo com a contratação de astros da concorrência, como a Hebe Camargo, ou do axé music, para contracenar com as estrelas da casa.
Definitivamente Kamel não leva jeito pra coisa e está mais do que na hora dos Marinhos o substituírem pelo Stanley, antes que se exponha todo o elenco da emissora ao ridículo sofrido pela coitadinha da Patrícia Poeta em pleno Fantástico.
Fico imaginando os murros que Kamel deve ter dado na mesa de edição do programa, mas aí já era tarde! Se cortasse a cena seria pior, porque ia cair na internet, o Wikileaks internacionalizaria a história e, como aconteceu com o Movimento das Direitas Já, chega a um ponto em que até a Globo percebe que não dá mais para omitir.
Fizeram isso recentemente, com uma retrospectiva do governo Lula apresentada pelo William Bonner e a Fátima Bernardes e deu no que deu. Kamel impediu a reportagem de ir ao ar pela Globo porque entendeu ser muitas realizações por um governo só e, pelo youtube, acabou dando mais audiência do que teria alcançado no Jornal Nacional.
Mas agora o incompetente jornalista de hipóteses manda a Patricinha para a mesma cadeira do dragão em que se transformou a confortável poltrona do congressista Agripino Maia, quando teve a infeliz ideia de questionar o comportamento da então Ministra sob tortura.
Vamos ver se depois de que até a Newsweek os alertou, esses caras aprendem a não mexer com a Dilma. Mas o Kamel, sei não… Acho que, se vivo fosse, o Dr. Roberto já o teria substituído pelo Stanley Burburinho que, certamente, teria o cuidado de avisar a Patrícia Poeta para evitar o tão escorregadio terreno do “toma lá dá cá”.
Escorregadio para toda a grande mídia brasileira, mas se Civitas, Frias e Mesquitas estão igualmente enlameados, até pelo próprio peso a Globo é a mais atolada.
Tá aí no que deu as hipóteses de Kamel! Acreditou na mentira da “permuta” político/partidária e jogou a Patricinha no movediço lodaçal do “da cá” do qual a moça não teve como sair e ainda precisou que a Presidenta lhe desse uma mão para não ser engolida pelo próprio excesso de confiança no instável terreno das orientações de um editor reiteradamente incompetente.
Para muita sorte da repórter, a atual Presidenta tem em comum com seu antecessor e correligionário a mesma elegância e humor dos inteligentes. Imaginem se fosse o Serra! A coitada da moça teria de sair pela janela como, por muito menos, o Heródoto Barbeiro saiu da TV Cultura.
Por falar no Serra, retomo o verdadeiro motivo deste comentário até desnecessário, pois não faltou quem comentasse o vexame da Patrícia Poeta ao longo dessas semanas. Só repeti o assunto aqui para externar minha admiração ao Stanley Burburinho, antes de reprová-lo pela maledicência inserida aí abaixo desta foto da Dilma e a Patricinha envergonhadíssima pelo deslizar da calcinha entre as pernas, justo no momento em que pretendeu ajustar as saias da Presidenta.
Vejam ali que em apenas duas frases, Burburinho sugere cogitações sobre o nepotismo tucano. Nisso não posso concordar e me parece excesso de má vontade do admirável Stanley. Afinal, não são os próprios tucanos e seus aliados que acusam o Bolsa Família de demagógico e eleitoreiro? Então! Por que não podem também investir em seu eleitorado?
Além do mais, se a Globo acusa o “da cá” que a erigiu como Império, por que Serra não pode acusar o que aplica a si próprio?
Se o Stanley Burburinho prestar atenção, concluirá que isso é que é um Bolsa Família de verdade! É o Bolsa da Família Serra!
Pode ser que não sejam todos, mas conferindo um a um, se constatará que tem muitos Silvas entre os milhões de beneficiados pelo Bolsa Família. Se tem Bolsa Família pra maioria dos Silva do país, porque não pode existir a Bolsa da Família Chirico Serra?
Recomendo o Stanley para tentar resgatar o antigo prestígio da Globo, mas acho que deva rever certos conceitos porque se continuar assim, daqui a pouco estará cogitando a hipótese de que o verdadeiro pai do suposto filho de FHC, que nos custou duas décadas de hospedagem e alimentação mais estudos e lazer pela Europa, é o Ali Kamel.
E hipótese por hipótese, tudo é valido para continuar a mesma decadência generalizada na mídia brasileira! Melhor pôr os pingos nos “is” enquanto é tempo, e os “toma lá” e “da cá” nos seus devidos lugares, como a Presidenta Dilma ensinou para a Patrícia Poeta.