Vários professores da Universidade de São Paulo são aposentados compulsoriamente com base no Ato Institucional n° 5 (AI-5). Entre eles estão Florestan Fernandes, Villanova Artigas, José Leite Lopes, Caio Prado Júnior, Elza Berquó, Emília Viotti da Costa, Fernando Henrique Cardoso, Isaías Raw, Jean Claude Bernardet, José Artur Gianotti, Luiz Hildebrando Pereira da Silva, Mário Schemberg, Octavio Ianni, Paulo Duarte e Paul Singer.
Em abril de 1970, o AI-5 seria usado novamente para cassar direiros políticos e afastar dez pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro: Haity Moussatché, Herman Lent, Moacyr Vaz de Andrade, Augusto Cid de Mello Perissé, Hugo de Souza Lopes, Sebastião José de Oliveira, Fernando Braga Ubatuba, Tito Arcoverde Cavalcanti de Albuquerque, Masao Goto e Domingos Arthur Machado Filho. O epsiódio ficou conhecido como o Massacre de Manguinhos.
Em 1972, valendo-se de uma medida administrativa, a ditadura desarticularia o Grupo do Tório da Universidade Federal de Minas Gerais, que reunia pesquisadores da área nuclear coordenados pelo físico Francisco Magalhães.
Numa verdadeira “caça às bruxas”, o AI-5 iria atingir 72 professores universitários e 61 pesquisadores científicos em todo o país, entre 1969 e 1973.
—
Fonte: Memorial da Democracia