Ato Político e Cultural é realizado na praça pública de Chapecó/SC

    Por Claudia Weinman, de Chapecó, para Desacato. Info.

    Os educandos/as do Curso Realidade Brasileira (CRB), que representam organizações urbanas e camponesas de Santa Catarina e do Paraná, realizaram na noite de sábado, dia 05 de março, na praça central de Chapecó (SC), um ato político e cultural, em defesa da classe trabalhadora explorada. A praça coloriu-se de bandeiras de diversos movimentos populares, pastorais sociais e sindicatos até a chegada da polícia. Cantadores populares entoaram canções de proteção a terra e aos povos, manifestando a necessidade urgente de transformação, para uma sociedade diferente.

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    Cantadores populares na praça central de Chapecó/SC. Da esq/p/Dir. Pedro Pinheiro e Paulo Fortes.

    O Militante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Tairi Felipe Zambenedetti, que também integra a Coordenação Política Pedagógica (CPP) do Curso Realidade Brasileira, enfatizou que a elite brasileira tem feito fortes agressões contra a esquerda. Especialmente no campo popular, ele destacou que as pequenas conquistas obtidas ao longo dos anos estão sendo atacadas, e que parte delas retrocederam. “A direita tem aumentado muito sua escala de violência. Tudo e todos que possuem suas relações no campo popular vem sofrendo com perseguições e ameaças”.

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    Cantador Pedro Munhoz.
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    Cantador Victor Batista.

    “O PT precisa assumir a luta de classes e voltar a ser o partido do povo brasileiro”

    Na praça pública de Chapecó, os educandos do Curso Realidade Brasileira, que representam diversas organizações urbanas e camponesas, chamaram a atenção da sociedade para a necessidade de ocupar as ruas, o espaço popular e de direito do povo Brasileiro. “Dizer para a Direita que as ruas nos pertencem, que esse sempre foi um espaço responsável por grandes avanços no campo das conquistas populares e a gente não abre mão desse espaço”, enfatizou Zambenedetti.

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    Organizações na praça de Chapecó/SC.

    Tayson Bedin, Militante da Pastoral da Juventude Rural (PJR) e que também integra a CPP do curso, ressaltou ainda que os movimentos populares têm ocupado seu espaço nas ruas em defesa da soberania dos povos, embora, segundo ele, existam vários ataques e perseguições quando isso acontece. No entanto, Bedin evidencia que os militantes do Partido dos Trabalhadores precisam também retornar a esse espaço. “O PT saiu das ruas há muito tempo e acreditou na aliança com essa mesma elite que sempre oprimiu os pobres e desfigurou a luta dos trabalhadores”.

    Para o militante, é fundamental que neste momento histórico haja o combate contra o entreguismo, a degradação segundo ele feita pelas mineradoras, barragens e pelo agronegócio. “Agora está mais do que na hora do PT voltar para a luta do povo contra todos os assassinos que sangram o nosso território, contra o rentismo do capital financeiro que leva tranquilamente metade de nossa arrecadação de impostos. Precisamos que de fato o PT assuma a luta de classes e volte a ser o partido do povo brasileiro”.

    O militante do Movimento dos Pequenos Agricultores, Tairi Felipe Zambenedetti, reforçou ainda que os movimentos populares e pastorais sociais não vão ceder as ameaças contra lideranças que historicamente deram legitimidade as conquistas da classe trabalhadora explorada. “A solução para crise política e econômica passa antes de tudo, pela resolução dessa disputa ideológica que se dá entre Esquerda e Direita. Por isso os setores populares precisam se mobilizar”.

     

     

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