O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou na última semana uma lei anti-boicote para proteger Israel de possíveis sanções internacionais vindas de países que são contrários à presença militar dos israelenses em territórios palestinos, como a Cisjordânia. O mandatário, no entanto, não tomou nenhum medida para impedir as campanhas de boicote.
“Eu instruí minha administração a se opor fortemente aos boicotes, campanhas de desinvestimento e sanções direcionadas ao Estado de Israel. Enquanto eu for presidente nós continuaremos a fazer isso”, disse Obama em declaração divulgada na na quarta-feira (24/02).
Agência Efe
Especificamente, a lei determina que empresários norte-americanos não cooperem com empresas que façam parte do movimento de boicote, desenvestimento e sanções — conhecido como BDS —, e denunciem essas companhias. Além disso, devem resistir a ações de outros países e proteger Israel de ser economicamente prejudicado por esse movimento.
A legislação se refere a todo o território israelense, inclusive áreas “sob controle israelense”.
Cerca de 180 dias depois de assinar a medida, a Casa Branca deverá apresentar ao Congresso um relatório com as atividades BDS globais, além de indicar a participação de empresas internacional em boicotes políticos a Israel.
Senadores democratas querem endurecimento da lei
Alguns senadores democratas expressaram, na sexta-feira (26/02), seu descontentamento com a nova lei assinada por Obama. Segundo eles, a escolha do presidente de não combater diretamente os boicotes a Israel é contrária ao “posicionamento típico” norte-americano.
De acordo com o senador de Nevada Harry Reid, do partido Democrata, existe uma cláusula na lei assinada “que desencoraja nossos parceiros econômicos de tomar medidas comerciais politicamente motivadas contra Israel” e que deve ser implementada pelo governo.
“É responsabilidade dos Estados Unidos de usar todas as ferramentas diplomáticas disponíveis para impedir nossos parceiros comerciais de impor [a Israel] tais medidas”, defendeu Reid. Para ele, as ações BDS são antissemitas.
O posicionamento do senador foi apoiado por alguns de seus colegas de partido e senadores de Nova York, Oregon, Maryland, Colorado e Connecticut.
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Fonte: Opera Mundi.