Por Ronnie Huete Salgado, de Honduras, para Desacato.info
Entra 2016, o sétimo ano da ditadura que mantém prostrada Honduras, e que desde Washington D.C. concretizou a ditadura mundial mediante a militarização extrema.
Honduras é um país latino-americano, onde nasceu o roteiro da Agência Central de Inteligência (CIA), para contratacar a região latino-americana.
Paraguai foi o segundo país onde se assestou um golpe de Estado, e as tentativas de golpe de Estado na Bolívia, Equador, Venezuela e agora no irmão Brasil são acontecimentos de uma guerra não declarada para com a Pátria Grande, América Latina.
Mas, perante isso, o que fazer? A unificação das massas através dos meios de comunicação alternativa, até romper o cerco midiático, imposto pela imprensa tradicional, os donos das grandes corporações midiáticas que por sua vez são donos das financeiras e outras indústrias na região latino-americana, deve ser uma prática diária.
Destruir o poder que ainda fazem acreditar aos cidadãos latino-americanos na democracia, é uma variável social que deve ser repetida como um dever de todo latino-americano, já que esta farsa não acaba com o sofrimento das massas vilipendiadas, que fogem sem alternativa alguma, a uma imigração desconhecida.
O genocídio social que isto representa, para os que temos sido imigrantes grande parte da nossa vida, representa um desarraigo total da nossa identidade latino-americana, assim como a renúncia pela luta na emancipação dos nossos povos, através da via direta, sim, desde a terra que nos viu nascer.
A negação de conformar uma família, como um direito universal, como estabelecer a Carta Universal dos Direitos Humanos, é também um direito que nos foi usurpado, ante a negação de trazer mais vidas humanas que nascem na miséria imposta pelo atual império.
As nações da periferia mundial, como Honduras na América Central, são terras que pertencem ao crime organizado, narcotráfico, guerras de baixa intensidade entre as gangues que são controladas pelas forças econômicas desse país, e a casa de malfeitores provindos dos centos penais, são os que definem os desígnios de Honduras.
País fantasma, cuja população caminha inerte ante a desídia de sua gente, que não tem a iniciativa de tomar as armas e iniciar uma verdadeira revolução, já que as urnas tem demonstrado que a fraude é um programa efetuado faz anos antes de que se efetuem as “festas eleitorais”.
Não tem outra via que a insurreição armada, destruir o poder existente para que nasça o poder das grandes maiorias que clamam por uma vida justa, clamam para que seus parentes voltem do exílio econômico forçado, décadas atrás.
Escravos modernos, vivendo nas grandes urbes do império, como formigas operárias que aspiram a voltar à sua terra, mas, que não lhes é permitido, porque sua terra nega-lhes as pontes que fecundam o desenvolvimento. Enquanto vivem nessas urbes escuras, copuladas da mais alta solidão, seus irmãos lhes recordam levemente, como heróis que mantém sua economia.
Quando será o fim desta economia financeira midiática, que controla nossas vidas? Será que o novo ano trará novas drogas midiáticas para seguir lavando insaciavelmente o cérebro dos seres humanos, habitantes deste mundo cada dia menos humano?
A nova ordem econômica mundial já estabeleceu que requer de humanos fortes, com um potencial mental e espiritual que possa enfrentar a guerra invisível que viaja pelos céus de cada país do mundo.
Guerra que já é visível na irmã Síria, a irmã Palestina, e as demais nações que têm sido destruídas por este império. Recordem que os donos da liberdade são o que ainda acreditam nela, não deixem que seus pensamentos sejam vítimas do veneno que emite a guerra midiática, ao contrário, destruam ele, e invoquem a liberdade.
Versão em português: Raúl Fitipaldi, de América Latina Palavra Viva – Traduções, para Desacato.info.