Silêncio da Fenaban é respondido com aumento da greve

    Nesta quarta-feira, dia 14, os bancários completaram o 9º dia de greve sem resposta para as demandas da categoria, com isso a greve se fortalece a cada dia em Florianópolis. Hoje os bancários receberam o apoio dos empregados do BRDE que cruzaram os braços nesta tarde em solidariedade a Campanha Nacional dos Bancários.

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    Com relação aos bancos privados além das agências que estavam fechadas do Itaú, Bradesco e Santander hoje duas agências do HSBC também permaneceram fechadas engrossando os números da greve na base do SEEB Floripa.

    “A greve é um direito da classe trabalhadora e ela acontece quando em mesa de negociação a categoria não consegue uma proposta satisfatória. Passamos praticamente o ano todo trabalhando para os bancos e enriquecendo os banqueiros, quando chega a vez deles de repartir essa fatia de forma generosa, eles se negam. Então a greve é a hora de trabalharmos para nós, de resolver os nossos problemas e não os do banco. Quem faz a greve são os bancários e bancárias, o Sindicato organiza, dá o suporte, a estrutura”, orientou o Secretário de comunicação do Sindicato, Cleberson Pacheco Eichholz.

    A categoria reivindica 16% de reajuste (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), entre outras pautas, como o fim do assédio moral e das metas abusivas além da contratação de mais bancários. A Fenaban ofereceu apenas 5,5%, o que representa perda real de mais de 4% para os salários e demais verbas da categoria, já que a inflação acumulada de agosto ficou em 9,88% (INPC).

    Outra proposta rechaçada pelos bancários foi o abono de R$2.500,00, o qual não se integra ao salário, incide imposto de renda, INSS e representa total retrocesso em relação aos últimos anos. Entre 2004 e 2014, os bancários conquistaram, com muita mobilização, 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% nos pisos.

    “A proposta de reajuste de 5,5% que a Fenaban apresentou no dia 26/09, em São Paulo é vergonhosa diante da realidade de lucros dos bancos que passam bem longe da crise. O abono de 2.500,00 também oferecido não foi sequer cogitado pelo Comando uma vez que não reflete nas outras verbas salariais. Somos capazes de melhorar essa proposta, mas isso só vai ser possível se todos e todas aderirem efetivamente a greve, ou seja, suspender os trabalhos. Pois de nada adianta deixar de atender a população, porém ficar dentro da agência trabalhando pelo telefone. Essa atitude prejudica a greve e fica ainda mais difícil de avançar nas conquistas”, explicou o presidente do Sindicato, Marco Silvano.

    Fonte: SEEB.

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