Na madrugada do dia de hoje, João Pedro Stédile, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra foi agredido por manifestantes de coletivos à direita no aeroporto Pinto Martins, na cidade de Fortaleza.
João Pedro Stédile chegou à cidade para participar de um debate sobre a reforma política. Os manifestantes utilizaram táticas de cerco, coação, xingamentos, discursos inflamados. É possível discernir os gritos de que o MST vá para Cuba com o PT. Os manifestantes estavam no aeroporto esperando a chegada de Stédile. A polícia e os seguranças do aeroporto não realizaram nenhum tipo de proteção à pessoa e à integridade física de João Pedro Stédile e sua companheira.
O UàE diverge do MST por considerar que parte de sua direção segue prestando apoio político ao Partido dos Trabalhadores apesar de que o PT demonstrou claramente uma política de ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários, além de estimular a formação de grandes oligopólios, razão pela qual o país enfrenta uma grave crise de segurança alimentar.
O UàE não considera que essas divergências devam ser tratadas no terreno da violência. Ressalta que o uso da violência tem sido utilizado como instrumento político da direita nos últimos anos, o que está se intensificando. A esquerda não faz uso da violência contra a pessoa como modo regular de ação política. Isso é grave e precisa ser ressaltado.
O UàE defende um processo de disputas amplo e democrático no qual todas as posições possam se expressar sem o uso da violência, da coerção e da coação.
Segue a nota pública de repúdio.
Nota de repúdio às agressões sofridas por João Pedro Stédile em Fortaleza
Ao desembarcar, na madrugada de hoje, no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, o coordenador nacional do MST foi cercado por um grupo de pessoas portando faixas e cartazes e sofreu inúmeros xingamentos e provocações. O UFSC à esquerda repudia veementemente as atitudes promovidas por coletivos de direita com tons vexatórios e violentos.
O UàE ressalta que as discordâncias políticas, com parte da direção nacional do MST, não nos impedirão de prestar solidariedade de classe aos seus dirigentes e ao movimento. Pelo contrário, nós, trabalhadores, tratamos nossas divergências de modo político, solidário e humilde. São esses laços da classe trabalhadora que nos tornam eticamente superiores a atitudes como a que demonstraram o grupelho de pessoas que agrediram João Pedro Stédile nesse triste episódio.
Em tempo, o UàE reafirma sua convicção de que o aumento da polarização de classes no Brasil vem produzindo também o ressurgimento de grupos fascistas e assemelhados. Caberá à esquerda combate-los de todas as formas e por todos os meios. É preciso agir, pois todas as omissões nesse momento se tornarão um convite para que grupelhos como esse perpetuem uma escalada de violência.
Florianópolis, 23 de setembro de 2015.
Jornal UFSC à Equerda
Nota de repúdio às agressões sofridas por João Pedro Stédile em Fortaleza
Ao desembarcar, na madrugada de hoje, no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, o coordenador nacional do MST foi cercado por um grupo de pessoas portando faixas e cartazes e sofreu inúmeros xingamentos e provocações. O UFSC à esquerda repudia veementemente as atitudes promovidas por coletivos de direita com tons vexatórios e violentos.
O UàE ressalta que as discordâncias políticas, com parte da direção nacional do MST, não nos impedirão de prestar solidariedade de classe aos seus dirigentes e ao movimento. Pelo contrário, nós, trabalhadores, tratamos nossas divergências de modo político, solidário e humilde. São esses laços da classe trabalhadora que nos tornam eticamente superiores a atitudes como a que demonstraram o grupelho de pessoas que agrediram João Pedro Stédile nesse triste episódio.
Em tempo, o UàE reafirma sua convicção de que o aumento da polarização de classes no Brasil vem produzindo também o ressurgimento de grupos fascistas e assemelhados. Caberá à esquerda combate-los de todas as formas e por todos os meios. É preciso agir, pois todas as omissões nesse momento se tornarão um convite para que grupelhos como esse perpetuem uma escalada de violência.
Florianópolis, 23 de setembro de 2015.
Jornal UFSC à Esquerda