O Uruguai vai abandonar as negociações do Tisa – tratado internacional para liberalização de serviços -, anunciou nesta segunda-feira (07/09) a ministra de Turismo do país, Liliam Kechichián.
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O Tisa (Trade in Services Agreement, na sigla em inglês), que é negociado em sigilo, tem como princípio direto provocar uma liberalização inédita dos agentes econômicos, com consequências financeiras e sociais enormes, sobretudo para os países do sul.
Tisa é negociado sem participação dos Brics e pode mexer na economia global, se aprovado
Na semana passada, a Frente Ampla (FA), que governa o Uruguai, tomou a decisão de rejeitar o acordo. A deliberação foi apresentada ao Conselho de Ministros do presidente Tabaré Vázquez nesta segunda. “O Conselho de Ministros assume a decisão tomada pela força política, nossa força política, e pede ao chanceler que a concretize no sentido de deixar de participar do TISA”, disse Kechichián.
Segundo Kechichián, na resolução do Conselho de Ministros foi levada em conta “essencialmente” a opinião da FA, e não a da oposição, que defendia que a decisão sobre ficar ou sair do Tisa deveria ser tomada no parlamento do país.
Estados Unidos, a União Europeia, e 22 outras nações, incluindo Canadá, México, Austrália, Israel, Coreia do Sul, Japão, Noruega, Suíça, Turquia, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Panamá e Peru ainda estão nas negociações. Doze dos países do G20 – o grupo das vinte economias mais importantes do planeta – estão representadas, mas cabe ressaltar que nenhum dos Brics – a sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – foi incorporado nas conversas.
Fonte: Opera Mundi.