O presidente do Equador, Rafael Correa, alertou, neste sábado (20), sobre uma conspiração do setor da oposição que está em marcha contra as medidas da revolução cidadã. “Fiquem muito atentos, há um golpe em marcha. Muito atentos companheiros porque insisto, somos a imensa maioria pacífica, mas vamos defender nossa revolução”, assegurou.
Correa foi enfático ao afirmar que há uma conspiração permanente em marcha e o povo deve estar pronto para defender a revolução. Todos os simpatizantes da democracia têm que estar atentos para defender o presidente e o governo. “Eles querem nos cansar, nos deixar esgotados, mas não vão conseguir”.
“Há uma conspiração da direita para tentar ganhar na força o que não conseguiram nas urnas, por sorte nós, os bons, somos a maioria”, disse. Acrescentou ainda: “Não mais restauração conservadora, não mais violência da oposição: eles temem porque não querem que sejam discutidas as leis sobre heranças, porque não querem que a verdade seja dita; as políticas sociais e econômicas seguiram beneficiando os mais pobres”, disse.
O presidente disse ainda que o debate nacional não pode sucumbir às leis de distribuição da riqueza, às heranças e às grandes fortunas, porque estas são as consequências da intolerável desigualdade. “O maior pecado social de n ossa América é a desigualdade, e nós enfrentaremos a uma campanha massiva de desenformação, de desgaste e de manipulação por parte da oposição”, anunciou.
Recentemente os parlamentares colocaram em discussão no Congresso os projetos de lei sobre heranças e grandes fortunas. A medida teve muita repercussão no país, tanto de quem defende, quanto de quem é contra.
Devido à visita do Papa, que acontece entre os dias 5 e 8 de julho no Equador, o presidente, por meio de uma mensagem em cadeia nacional, avisou que as discussões sobre estes projetos serão suspensos para evitar atos violentos, como já aconteceram.
A oposição parlamentar é totalmente contrária à tributação das heranças que seria feita por meio de taxa aplicada de forma progressiva a partir de um patrimônio herdado.
“Essa medida afetaria menos de 2% da população porque somente 3 de cada 100 ml equatorianos recebem ao ano uma herança superior à 50 mil dólares”, explicou o presidente.
Fonte: Prensa Latina e Vermelho