Estou sentada num voo da United Airlines a 30.000 pés de altura. Choro pela humilhação. A aeromoça me perguntou o que queria tomar e pedi uma lata de coca diet. Trouxe uma lata aberta, portanto pedi uma lata sem abrir por razões de higiene. Me disse que ninguém tinha consumido do líquido, mas ainda assim pedi outra lata. Ela me respondeu: “Bom, não posso dar-lhe uma lata sem abrir, portanto não tem coca diet para a senhora”. Para o passageiro do lado trouxe uma lata de cerveja SEM ABRIR. Então perguntei para a aeromoça por que tinha se recusado a me dar uma coca diet SEM ABRIR. Disse: “Não temos autorização para dar latas sem abrir aos passageiros porque podem usá-la como ARMA no avião”. Respondi para ela que era óbvio que estava me discriminando porque tinha dado uma lata de cerveja sem abrir ao passageiro do lado.
Olhou para a lata do homem, a pegou, abriu e disse: “É para que a senhora não a use como arma”.
Em estado de choque por seu comportamento, perguntei para as pessoas na minha volta se tinham visto a discriminação e o comportamento nojento. O passageiro do outro lado do corredor me disse: “Muçulmana, cala a boca!”. Disse: O quê?! Então, se esticou, me olhou fixo e disse: “Você sabe que iria usá-la como ARMA, portanto cala a boca”. Senti o ódio na sua voz e nos olhos cheios de raiva.
Não consigo evitar chorar nesse avião porque pensei que as pessoas iam me defender e falar alguma coisa. Algumas pessoas, abaladas, abanaram a cabeça.
Tahera é ativista pró-palestina e viajava de Chicago a Washington.
Fonte: LosOtrosJudíos.com