Texto e fotos: Fernanda Pessoa de Carvalho, para Desacato.info
Apoio logístico: Ana Luiza Lucena.
Na tarde de ontem, aconteceu o 2º Ato contra o aumento da Tarifa em Florianópolis. Manifestantes fizeram a concentração em frente ao Terminal Urbano do Centro (Ticen) e percorreram as principais ruas do centro da capital catarinense. Em frente à prefeitura, onde, no primeiro ato, os manifestantes queimaram um boneco representando o prefeito César Souza Júnior e colaram cartazes contra o aumento da tarifa, havia uma grande concentração de policiais militares e guardas municipais.
Após uma parada de cerca de cinco minutos em frente à prefeitura, os manifestantes desceram pela lateral da praça XV de novembro e dirigiram-se ao Ticen, onde realizaram uma assembleia para decidir o rumo do protesto. A decisão coletiva foi ocupar a Ponte Colombo Salles, única forma de saída da ilha. A Polícia Militar, que até então acompanhava o protesto sem interferências, advertiu os manifestantes sobre a tentativa de ocupar a ponte. 0Como a caminhada seguia em frente, os policiais fizeram três barreiras para impedir que os integrantes continuassem. A primeira, formada por policias militares; a segunda, pela tropa de choque; e a terceira, pela cavalaria. A ponte ficou fechada pelos policiais por mais de quinze minutos. Todo o trânsito aos arredores ficou paralisado.
Depois de muita discussão entre os organizadores do manifesto, a decisão foi retornar ao Ticen e realizar um catracaço, quando todos pulam as catracas. No Terminal, os policiais impediram os manifestantes a pularem as catracas, mas deixaram livres o acesso pelas portas laterais das plataformas. Com a plataforma A tomada, a entrada ficou livre para todos. Alguns moradores passavam sem pagar e uníam-se ao coro da luta contra o aumento. Ao final do protesto, os manifestantes dividiram-se em grupos para garantir o livre acesso aos ônibus em todas as plataformas.
Hoje, 17 de janeiro, às 16h, está agendada uma reunião para organizar o próximo ato que vai acontecer na sexta-feira, 23 de janeiro, às 17h, em frente ao Ticen. O ato vai acontecer simultaneamente em outras cidades do Brasil que também protestam contra o aumento da tarifa. A tarifa, em Florianópolis foi reajustada no dia 11 de janeiro. O valor do cartão, que antes era 2,58, aumentou para 2,98, ou seja, trinta centavos. E, quem pagava no dinheiro, percebeu um reajuste de 12%, a tarifa foi de 2,75 para 3,10.