Cerca de 90% dos gastos do presidente Jair Bolsonaro com viagens feitas até março de 2021 estão associados a eventos que tiveram aglomerações. O jornal Folha de S. Paulo teve acesso aos valores divulgados pela SGPR (Secretaria-Geral da Presidência), por meio da Lei de Acesso à Informação.
Do total de R$ 18,4 milhões usados com deslocamentos, ao menos R$ 16,6 milhões pagaram idas a lugares em que o presidente ignorou as recomendações de enfrentamento ao covid-19, como, por exemplo, usar máscara.
As folgas de Bolsonaro nas praias de Guarujá (SP) e São Francisco do Sul (SC), entre março de 2020 e o mesmo mês deste ano, foram as viagens mais caras, somando R$ 3,5 milhões.
Segundo o jornal, um deslocamento de 2 dias pelo interior de São Paulo custou R$ 820 mil. Contrariando o decreto estadual, Bolsonaro ficou sem máscara em meio a dezenas de pessoas em Eldorado (SP), em setembro de 2020. Na mesma viagem, o presidente ficou por cerca de uma hora à beira da estrada, em Registro (SP), acenando aos motoristas.
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